Nível do Paraíba e Ururaí continua subindo e preocupa autoridades
13/03/2018 11:33 - Atualizado em 14/03/2018 16:23
As fortes chuvas dos últimas dias, em Campos e região, deixaram consequências. Entre elas, a cheia dos rios Paraíba do Sul e Ururaí, que voltaram a subir durante esta terça-feira. A medição apontou que o Paraíba estava em 9,20m. De acordo com a Defesa Civil, em menos de 12h, o nível subiu quase um metro. Na última segunda-feira, o rio marcava 8,40m. A última vez que o rio Paraíba ultrapassou a marca de 9 m foi registrada em janeiro de 2016. A cota para o rio transbordar é de 10,40m. Em São João da Barra, a Defesa Civil também segue com monitoramento do Paraíba. Já o Ururaí, que transbordou ao ultrapassar a cota de 3,80m no último fim de semana, chegou a 4,10m pela manhã e 4,11 na medição do fim da tarde. No município de Santo Antônio de Pádua, no Noroeste Fluminense, o rio Pomba chegou a transbordar, mas o nível se manteve estável ao longo do dia e apresentou uma baixa no início da noite. O rio Muriaé também começou a baixar.
Segundo a Defesa Civil de Campos, a previsão é de que não chova até a próxima sexta-feira e a Prefeitura tem atuado nas regiões mais afetadas. Em Morro do Coco, no norte da cidade, as secretarias de Desenvolvimento Humano e Social e de Infraestrutura e Mobilidade Urbana atuam de forma conjunta com a Defesa Civil, desde a sexta-feira passada, e, de acordo com o órgão, a situação está sob controle. Os números de desabrigados e desalojados são os mesmos do fim de semana: 11 e sete, respectivamente.
Em Lagoa de Cima e na região do Imbé, a secretaria municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana concentrou o trabalho na desobstrução das estradas que dão acesso aos moradores de Aleluia, Conceição do Imbé e Mocotó, que ficaram isolados devido ao volume da água. “Naquela região não há nenhuma família desalojada. Eles possuem meu telefone e estamos monitorando e dando assistência dessa forma também”, informou o coordenador da Defesa Civil de Campos, major Edison Pessanha. No final da tarde, continuava impossível transitar pela Lagoa. Após limpeza, moradores conseguiram vir a Campos por um caminho alternativo.
  • Famílias ainda sofrem com alagamentos em Ururaí

    Famílias ainda sofrem com alagamentos em Ururaí

  • Famílias ainda sofrem com alagamentos em Ururaí

    Famílias ainda sofrem com alagamentos em Ururaí

  • Famílias ainda sofrem com alagamentos em Ururaí

    Famílias ainda sofrem com alagamentos em Ururaí

Em Ururaí, várias casas que beiram o rio foram atingidas e seguem alagadas. Segundo major Edison Pessanha, o local é impróprio para moradia e já havia sido interditado. Ele explica que, apesar disso, as famílias tendem a construir suas residências por conta das necessidades pessoais. “Mesmo com a irregularidade, a Prefeitura está assistindo essas famílias e, até o momento, quatro delas saíram do local por conta própria”, afirmou. Na tarde desta terça, a Defesa Civil precisou acionar a Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia no município, para verificar a situação de um poste, no intuito de evitar choques.
A moradora Clarissa Alves, de 34 anos, optou por permanecer em casa junto dos três filhos. “Por enquanto só estou com um quarto cheio de água, dá para ficar. Na casa da minha mãe que está pior, mas ela também não quer sair”, disse. A Defesa Civil orientou sobre a possibilidade de remoção.
  • Famílias ainda sofrem com alagamentos em Ururaí

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    Famílias ainda sofrem com alagamentos em Ururaí

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    Famílias ainda sofrem com alagamentos em Ururaí

SJB - Devido ao transbordo dos afluentes – rios Pomba, Muriaé, Jaguari e Paraibuna - e do subafluente Carangola, provocado pelas recentes chuvas, a Defesa Civil de São João da Barra registrou uma variação do nível do rio Paraíba de 5,90m a 6,10m. “Estamos em estado de atenção e seguiremos atuando no monitoramento para proporcionar tranquilidade à população”, disse o coordenador da Defesa Civil, Adriano Assis, ressaltando que, com 7 metros o órgão entra em estado de alerta e, com 8 metros, fica em alerta máximo.
Muriaé - A Defesa Civil também acompanha o nível do rio Muriaé. No último sábado, o nível era de 4,35m e a água chegou a transbordar em Itaperuna. Nesta terça-feira, o rio baixou para 3,88m. Apesar disso, o município segue em estado de vigilância.
Macaé intensifica ação e Pádua mantém alerta
Em Macaé, a prefeitura também atuou de maneira ostensiva nos locais atingidos pelas fortes chuvas. Nesta terça-feira, as equipes intensificaram as ações nas localidades da Nova Malvinas, Nova Esperança/Beira Linha e Ilha Leocádia.
Os moradores foram orientados por profissionais das secretarias de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade e de Saúde. Eles visitaram diversas casas, fazendo um trabalho de conscientização e esclarecimentos sobre os dispositivos oferecidos pelo município.
— Estamos em contato direto com moradores e pautamos nosso trabalho na prevenção. Iremos percorrer todos os locais atingidos — pontuou a secretária de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade, Tatiana Pires, acrescentando que a secretaria está registrando as necessidades da população atingida pelas chuvas e dando todo suporte assistencial de emergência.
A ação também foi acompanhada pelos agentes da secretaria adjunta de Defesa Civil, que verificaram a parte estrutural das residências, levando segurança para os moradores. Equipes de diferentes setores do governo municipal trabalham a fim de que os transtornos à população sejam sanados o quanto antes.
Noroeste - Em Santo Antônio de Pádua, a Defesa Civil informou à população que o nível do rio Pomba chegou a 4,73m, fora da cota de transbordo. O município segue em alerta.
A Prefeitura chegou a preparar um posto de emergência no Ciep 469, para caso a água do rio atingisse o Hospital Hélio Montezano de Oliveira. No entanto, não foi necessária a utilização. Devido à situação de cheia, as aulas nas escolas municipais também foram suspensas nesta terça-feira.
(J.F.) (J.L.) (M.B.) 
  • Monitoramento segue em SJB

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