Matheus Berriel
07/03/2018 15:40 - Atualizado em 08/03/2018 14:54
Esquina da Carlos de Lacerda com Formosa alagada
Transtorno na Formosa
Transtorno na rua do Ouvidor
Alagamento na descida da ponte Leonel Brizola
Alagamento na descida da ponte Leonel Brizola
Codemca em serviço no entorno do mercado
Rua Rocha Leão voltou a ficar alagada
Cerca de 30 minutos de chuva intensa na tarde desta quarta-feira foram suficientes para que várias ruas ficassem alagadas em bairros distintos de Campos. Na descida da ponte Leonel Brizola, perto do Shopping Popular Michel Haddad, um ônibus da empresa São João quebrou e ficou parado durante muito tempo, cheio de passageiros, até que um mecânico chegasse para consertá-lo. Nas redes sociais, circularam imagens de água escorrendo em quartos do Hospital Geral de Guarus (HGG), gerado por um vazamento no teto.
A chuva começou por volta das 14h45 e perdeu intensidade às 15h10. De acordo com o diretor executivo da Coordenadoria de Defesa Civil, major Edison Pessanha, foram registrados 28,7 milímetros de chuva. Às 18h, quando ele foi contatado, o nível do rio Paraíba do Sul era de 7,50m.
Houve grande acúmulo de água na rua Doutor Felipe Uebe, no Turfe Clube, perto do supermercado Extra. Pedestres passaram pelo local a pé, com água chegando aos joelhos, enquanto muitos motoristas tiveram que esperar o nível da água diminuir.
— A cidade tem vários pontos alagados. Estou indo para o Isepam buscar uma pessoa, não tem outro jeito, vou ter que encarar a água. Mas, o poder público tem que fazer obras para que isso não aconteça. Não é a primeira vez. Sempre alaga e não dão jeito. Uma chuva rápida, por ter sido intensa, causou isso — reclamou o motociclista Ângelo Márcio, morador do Jóquei, que passava pela Felipe Uebe.
Um dos pontos mais críticos foi a esquina das ruas Coronel Francisco Magalhães e Edmundo Chagas, no Centro. Um carro estacionado ficou com água na altura da placa, com as rodas praticamente cobertas. Moradora da rua Edmundo Chagas, Cristina Kazue contou que o problema é constante por lá. “Essa rua é baixa. Tem um piscinão, mas a gente não sabe como está a manutenção e a limpeza. Toda vez que chove, é isso aí”, disse.
Várias ruas que fazem esquina com a avenida 28 de Março ficaram alagadas, entre elas a do Ouvidor. Na av. Pelinca, cones e uma lixeira foram utilizados para bloquear o trânsito no trecho entre as ruas Barão de Lagoa Dourada e Mariana de Brito, que também tiveram grande acúmulo de água. Também houve transtorno na rua Marechal Rondon e nas proximidades, entre a Pelinca e os parques Dom Bosco e Tamandaré. Na rua Rocha Leão, que fica no Pq. Leopoldina, os alagamentos já são tradicionais. Uma das ruas paralelas, a Espírito Santo, também foi afetada.
No HGG, a água da chuva vazou no teto da unidade, fazendo com que invadisse o local, onde estavam diversos pacientes e funcionários.
Na descida da ponte Leonel Brizola, uma equipe da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca) atuou retirando tampões de bueiros para que a água escoasse de forma mais rápida. Houve grande engarrafamento na ponte. Um taxista resolveu arriscar e ficou com a placa de seu táxi parcialmente solta. A Guarda Civil Municipal alterou o trânsito da avenida José Alves de Azevedo (Beira Valão), com desvio para a rua Salvador Corrêa.
Em frente ao prédio da Folha, na rua Carlos de Lacerda, caíram pedaços de reboco da fachada de uma casa.
Prefeitura agiu em diferentes pontos
De acordo com o major Edison Pessanha, a coordenadoria de Defesa Civil recebeu chamado de queda de uma palmeira no Pq. Aldeia, na rua Bahia. Ele informou ainda que os alagamentos aconteceram devido ao grande volume de chuva em pouco espaço de tempo, “mas não houve chamados para esse problema”. A população pode acionar a Defesa Civil através do número 199 ou pelo 98175 2512.
E nota, a Prefeitura informou que no HGG “uma equipe da secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana foi encaminhada para reparo pontual no teto da unidade já que, devido ao grande volume de chuva, ocorreu vazamento”. A nota ressalta que “a atual gestão encontrou o prédio do hospital em condições limitadas de atendimento à população. A Prefeitura vem promovendo melhorias, como a reestruturação e climatização do ambiente, além de ter tido a aprovação de verba parlamentar (de Paulo Feijó) no valor de R$ 4 milhões, no fim de 2017. Assim que os recursos forem liberados, a unidade passará por reforma. A elaboração do projeto de reforma está em fase final de execução, pela superintendência do HGG e pela secretaria de Infraestrutura e Mobilidade”.
Uma equipe do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT) também atuou em alguns semáforos. “Foi constatado que devido a picos de energia, em consequência da chuva, houve instabilidade no sistema. Para informar problemas, a população pode entrar em contato com Disque Semáforo no número 99855 9596”.
Parque São Caetano alagado
Tampa de bueiro soltou na rua Espírito Santo
Alagamento na descida da ponte Rosinha
Moradores da rua Ipiranga ficaram ilhados
Alagamento na Pelinca
Fotos: Rodrigo Gonçalves, Matheus Berriel e Divulgação