Moradores de Lagoa de Cima protestam por melhorias no transporte
Na manhã desta quarta-feira, moradores de Lagoa de Cima, em Campos, fizeram manifestação na altura de Morro Grande, reivindicando melhorias nas linhas de ônibus, como ajustes nos horários e maior quantidade de coletivos. Pneus e galhos foram incendiados na tentativa de chamarem atenção para o problema. O protesto durou cerca de quatro horas. A empresa Rogil é responsável pelas linhas da localidade.
- Há um problema grande para as crianças que vão estudar. Antes, tinha um ônibus 15 para as 5h e um às 6h. Esse de 6h eles tiraram. Ficou só um ônibus, saindo do Imbé, depois das 5h. Como tem muita gente, muitos estudantes, não dava para todo mundo. O ônibus pega todo mundo no Imbé, Lagoa e adjacências. Não dava. Depois de muita reclamação, colocaram outro às 6h, saindo da Lagoa. Mas, não é todo dia que o ônibus vem. Na segunda-feira (05), por exemplo, não veio - contou o morador Paulo Roberto de Abreu, que também reclamou das condições da estrada.
Os problemas relacionados às linhas de ônibus de Lagoa de Cima são constantes. Em janeiro, houve uma audiência do Ministério Público Estadual com o presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), Renato Siqueira, o proprietário da Rogil, Gilson Menezes, membros da procuradoria e líderes comunitários. Na ocasião, foram acordadas melhorias, mas a população segue insatisfeita.
Em nota, a Prefeitura de Campos informou que “o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) já encaminhou o caso de descumprimento de algumas linhas pertinentes ao consórcio Rogil ao Ministério Público e vem, ainda, tomando medidas administrativas cabíveis ao caso”.
Novidades na Baixada - Conforme publicado no Diário Oficial do município, desde a última segunda-feira, as linhas de ônibus da Baixada Campista que eram operadas pelo consórcio União e estavam apresentando problemas, passaram a ser de responsabilidade do consórcio Planície. No entanto, apesar de saberem que a mudança atenderá às localidades de Fazendinha, Imperial, Goitacazes, Bugalho, Tocos, Ponta Grossa e Farol, usuários ainda registram dúvidas quanto aos trajetos e horários. O DO não informa quais linhas serão operadas especificamente por cada empresa e se os horários serão modificados.
Na rodoviária Roberto Silveira, ponto de partida das linhas Tocos, Ponto Grossa e Farol, somente alguns usuários conseguiram embarcar para seus destinos sem muitas dificuldades. As maiores reclamações são direcionadas à linha de Farol, assumida pela empresa São João. “Vi vários ônibus na estrada, mas, quando a gente chega aqui na rodoviária, não tem onde se informar pra saber os horários certos", disse a aposentada Sandra Manhães, de 63 anos, que mora em Baixa Grande.
Já no terminal Luiz Carlos Prestes, usuários chegaram a esperar cerca de duas horas pela condução. Moradora de Goitacazes, a jovem Thamires Ramos, de 20 anos, precisou levar a filha de um ano ao médico, pela manhã, e não teve horário certo para voltar para casa. “Eu vim de van e cheguei na hora que precisava. Para voltar, estou no ponto esperando há muito mais de uma hora", reclamou.