Mário Sérgio Junior
05/03/2018 19:57 - Atualizado em 07/03/2018 14:26
A prisão cautelar do suspeito pela morte de Geciane Siva de Medeiros, de 40 anos, assassinada a tiros em março de 2017, foi revogada nesta segunda-feira pelo juiz em exercício Bruno Rodrigues Pinto, da 1ª Vara Criminal. Segundo a decisão, órgão ministerial não produziu provas minimamente efetivas a possibilitar a submissão do acusado a julgamento pelo Tribunal do Júri.
O suspeito, que seria marido da vítima, foi preso no dia 8 de junho de 2017 durante uma operação conjunta entre as polícias Militar e Civil para cumprimento de 16 mandados de prisão, principalmente na Baixada Campista, relacionados a casos de homicídios no ano passado.
Na ocasião, o delegado titular da 134ª Delegacia de Polícia (DP), do Centro, Geraldo Rangel, chegou a afirmar que era necessário ter cautela ao abordar o caso, uma vez que havia uma “questão familiar envolvida”.
De acordo com a decisão do juiz Bruno Pinto, “em hipóteses como a dos autos, é certo que não se deve encaminhar ao plenário uma causa perdida, fadada ao fracasso”. “Após uma valoração comedida e superficial do acervo probatório, este Juízo verificou que inexistem indícios suficientes de autoria na pessoa do acusado. Isto porque, as provas testemunhas produzidas em juízo, sob o crivo do contraditório, não são suficientes a gerar um juízo de probabilidade de participação do réu não empreitada criminosa. Por oportuno, ressalto que a prova oral produzida nos autos, com exceção do interrogatório do acusado, está baseada em declarações de pessoas que não presenciaram o fato criminoso”, disse parte da decisão.
Crime - Geciane morreu no dia 21 de março após ser baleada dentro de um carro que era dirigido pelo marido. O crime aconteceu no bairro Jóquei Clube, após o casal ter saído da Penha, onde moravam.