O esporte brasileiro está de luto com a morte de Bebeto de Freitas, 68 anos, que presidiu o Botafogo e ultimamente era diretor-executivo do Atlético-MG. Ontem, durante um evento, o dirigente passou mal e caiu, sofrendo uma parada cardíaca.

Os médicos tentaram reanimá-lo por quase uma hora, um desfibrilador foi utilizado, mas sem êxito.

Bebeto foi uma das mais respeitadas figuras mundiais do vôlei, tendo dirigido o time da consagrada “geração de prata” nas Olimpíadas de Los Angeles (1984). Como atleta e treinador, atuou também no vôlei italiano.

Sua identificação com o Botafogo era visceral. Atleta 11 vezes campeão estadual e com vários títulos brasileiros, era sobrinho do treinador João Saldanha e primo do jogador Heleno de Freitas, outros ícones alvinegros.

Foi umas das figuras-chave na transformação e identidade tática e técnica que o voleibol brasileiro adquiriu a partir do início dos anos 80.

O jornalista Juca Kfouri lembrou que Bebeto foi o primeiro a denunciar as falcatruas de Carlos Nuzman, ex-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei. “Por isso foi praticamente banido do vôlei brasileiro para ir ser técnico campeão na Itália”.

Para o presidente da Fundação Municipal dos Esportes (FME), Raphael de Thuin, a morte de Bebeto foi uma grande perda para o esporte.

— Foi um amante do esporte, passou por várias esferas, mas sempre com muita competência e paixão. O esporte está de luto — disse Thuin.

O coordenador de vôlei da FME e diretor da Federação Estadual de Vôlei, Aníbal Wagner, também falou da contribuição de Bebeto.

— Uma perda enorme, não apenas para o vôlei, mas para o esporte em geral. Influenciou várias gerações e deu sua contribuição no Brasil e na Itália, onde lá conquistou vários títulos nacionais e mundiais como atleta e treinador— lembrou Aníbal.