O ex-presidente do Americano, Luiz César Gama, disse nesta segunda-feira que o clube não cometeu qualquer improbidade na aplicação de recursos de convênios repassados pela prefeitura de Campos. Gama falou sobre o assunto em entrevista ao repórter Wálter Filho, da Rádio Continental.

— O Americano não praticou nenhuma irregularidade na aplicação dessa verba durante minha gestão em 2005, 2006 e 2007, tendo havido a prestação de contas todos os meses. Se houvesse qualquer irregularidade num mês, no mês seguinte o clube não receberia o repasse, era o alerta dado a nós por eles (representantes do poder público) — afirmou.

Gama também falou sobre as obras realizadas no antigo Estádio Godofredo Cruz com os recursos repassados pelo convênio.

— Tenho documentos comprovando que as obras no estádio poderiam ter sido feitas. O Americano fez tudo que o poder público pediu e estava previsto nos documentos que assinamos à época — disse ainda Gama.

O ex-dirigente também frisou que as obras no Godofredo Cruz atenderam a uma situação emergencial devido às condições do estádio.

— O valor que recebemos foi quase tudo investido nas categorias de base. As obras no estádio foram feitas porque havia uma situação de emergência que impediria inclusive que o Americano tivesse condições de jogar porque as instalações eram precárias — acrescentou.

No dia 27 de fevereiro de 2018, o juiz da 3ª vara Cível de Campos, Diego Ziemiecki, condenou o clube a ressarcir os cofres públicos em R$ 1,6 milhão. Os ex-prefeitos Alexandre Mocaiber e Carlos Alberto Campista também foram condenados.

Campista terá que ressarcir o dano causado ao município de Campos no valor de R$ 420 mil, valor devidamente atualizado. Já Mocaiber foi condenado a devolver R$ 1,2 milhão, também atualizado. Nos três casos, cabe recurso.