O primeiro dia de paralisação dos trabalhadores dos Correios em Campos teve uma adesão de 80% dos trabalhadores. No município, são 300 trabalhadores, sendo 100 carteiros. Um movimento, na manhã desta segunda-feira, em frente da agência central, na Praça São Salvador, marcou o início da greve.

No estado, o primeiro dia da greve também registrou a adesão de 80% dos trabalhadores no Rio de Janeiro. A informação é do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ).

— Nós não estamos só reivindicando salário, mas a manutenção dos nossos benefícios. O principal deles é o plano de saúde — disse o carteiro Marco Aurélio da Conceição, diretor do sindicato em Campos. Um carteiro ganha em média de R$ 1,6 a R$ 2 mil, por mês.

A categoria cruza os braços no mesmo dia em que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) começou a julgar ação referente ao plano de saúde, depois de trabalhadores e empresa terem, sem sucesso, tentado chegar a um acordo sobre a questão.

A greve também servirá para protestar contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), a terceirização na área de tratamento, a privatização da empresa, suspensão das férias dos trabalhadores, extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa. A categoria defende ainda a contratação de novos funcionários via concurso público e o fim dos planos de demissão.

Em nota, a estatal disse que a greve, neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios e afeta não apenas a empresa, mas também os próprios empregados.