A 15ª rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), prevista para o final do mês de março, tem um total de 17 empresas inscritas para áreas marítimas, inclusive na Bacia de Campos, e quatro para áreas terrestres e sinaliza novos investimentos no segmento de petróleo e gás, que renderão frutos aos municípios produtores. Os reflexos positivos, entretanto, só deverão ocorrer após 2021, segundo o superintendente de Petróleo, Gás e Tecnologia de São João da Barra, Wellington Abreu, que sugere cautela aos administradores.
— Estamos passando um período difícil para a indústria do petróleo no Rio de Janeiro com a questão do RePetro por votar na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), queda de produtividade de vários campos na Bacia de Campos, descomissionamento de algumas plataformas e a ANP querendo diminuir alíquota de royalties como justificativa de investimentos. A Petrobras tem planos de investimentos para a Bacia de Campos, tivemos áreas na 14ª rodada e teremos mais áreas daqui na 15ª rodada. Sendo que todos estes investimentos terão reflexo para os municípios depois de 2021. Precisamos de muita cautela e acompanhar de perto os acontecimentos locais, nacionais e internacionais. Este mês promete muita turbulência. Todos estão focados no pré-sal e em investir em alta produtividade. Já não temos a prioridade da Petrobras faz tempo e espero que as empresas que adquirirem o direito de exploração das áreas da Bacia de Campos invistam rápido para que tenhamos uma maior produção e mais royalties.
Os blocos oferecidos foram selecionados em bacias de elevado potencial e de novas fronteiras, com o objetivo de ampliar as reservas e a produção brasileira de petróleo e gás natural, aumentar o conhecimento sobre as bacias sedimentares, descentralizar os investimentos exploratórios, desenvolver a indústria petrolífera nacional e fixar empresas nacionais e estrangeiras no país. (A.N.)