Jhonattan Reis
20/03/2018 17:47 - Atualizado em 22/03/2018 15:08
O Cineclube Goitacá exibe, nesta quarta-feira (21) à noite, o longa-metragem “O Grande Hotel Budapeste” (The Grand Budapest Hotel, 2014), do diretor Wes Anderson. A obra será apresentada pela produtora cultural Luciana Portinho. A sessão, que começa às 19h, acontece na sala 507 do edifício Medical Center, localizado na esquina das ruas Conselheiro Otaviano e Treze de Maio, no Centro de Campos. A entrada é gratuita.
Em “O Grande Hotel Budapeste”, o famoso gerente de um hotel europeu (Ralph Fiennes), no período entre as duas guerras mundiais, conhece um jovem empregado (Tony Revolori) e os dois se tornam melhores amigos. Entre as aventuras vividas pelos dois constam o roubo de um famoso quadro do Renascimento, a batalha pela grande fortuna de uma família e as transformações históricas durante a primeira metade do século XX.
Um dos coordenadores das sessões do Cineclube, Gustavo Oviedo, explicou que Portinho prontamente escolheu “O Grande Hotel Budapeste” quando foi convidada para exibir um longa-metragem.
O filme recebeu quatro prêmios Oscar e cinco indicações em 2015. A obra foi indicada a Melhor Filme, Melhor Diretor (Wes Anderson), Melhor Roteiro Original (Wes Anderson e Hugo Guinness), Melhor Montagem (Barney Pilling) e Melhor Fotografia (Robert Yeoman), tendo sido premiado nas categorias Melhor Figurino (Milena Canonero), Melhor Maquiagem e Penteados (Frances Hannon e Mark Coulier), Melhor Direção de Arte (Adam Stockhausen e Anna Pinnock) e Melhor Banda Sonora (Alexandre Desplat).
Gustavo Oviedo comentou que acredita que a exibição desta quarta-feira dará um bom debate.
— Sempre há debate pós-sessão, mas, desta vez, será sobre a escolha e o estilo estético do diretor Wes Anderson — relatou.
E Wes Anderson, ainda diretor de “O Fantástico Sr. Raposo” (Fantastic Mr. Fox, 2009) e “Viagem a Darjeeling” (The Darjeeling Limited, 2007), foi alvo de comentário também em crítica do site Adorocinema.
— Uma das mais equivocadas críticas que se pode fazer do cinema de Wes Anderson é dizer que é só estética e com pouca história. Isso pode ter acontecido aqui acolá (vide “A Vida Marinha”, com Steve Zissou), mas obras como “Três é Demais” (1998), “Os Excêntricos Tenenbaums” (2001), “O Fantástico Sr. Raposo” (2009) e “Moonrise Kingdom” (2012) mostram que este não é o caso e que o diretor tem muito a dizer. Felizmente, “O Grande Hotel Budapeste” entra neste último grupo — inicia o texto.
Além da direção, a crítica também elogia o elenco.
— (É) incrível. Adrien Brody, Willem Dafoe, Mathieu Amalric, Jude Law, Saoirse Ronan, Jason Schwartzman, Harvey Keitel, Jeff Goldblum, Tilda Swinton, Owen Wilson, Tom Wilkinson, Edward Norton e Léa Seydoux surgem em papéis interessantes e quase sempre únicos. Dafoe, por sinal, ganhou de presente um vilão bem inusitado, capaz de maldades que ficam divertidas de tão inesperadas. Quem também está presente, é claro, é Bill Murray, parceiro de longa data de Wes Anderson. De todo o elenco, os principais destaques são mesmo o novato Revolori e, principalmente, Ralph Fiennes.