Bispo Auxiliar de Niterói lançará livro em Campos
17/03/2018 13:28 - Atualizado em 19/03/2018 13:13
Dom Luiz Antonio Ricci
Dom Luiz Antonio Ricci / Divulgação
“A Morte Social: Mistanásia e Bioética”, livro do Bispo Auxiliar de Niterói, Dom Luiz Antonio Ricci, será lançado em Campos no dia 30 de abril, às 18h, no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Avenida Santo Afonso, 208). O evento acontecerá durante a palestra que fará na cidade, no Projeto Comunicação & Cidadania desenvolvido pela Pastoral da Comunicação Diocesana que durante o ano debaterá temas de interesse social.
Segundo o coordenador pastoral, Pe. Maxiliamo Barreto, várias palestras e conferencias es-tão agendadas e o objetivo é levar a sociedade a analisar temas na ótica da doutrina social da Igreja Católica.
— É muito importante realizar debates sobre temas que merecem atenção da sociedade. E iniciamos com o lançamento do livro de Dom Luiz Antonio Ricci. Os interessados em participar já podem fazer as inscrições nas secretarias paróquias e na Livraria Diocesana — explica Pe. Maxiliano.
Com o objetivo de resgatar a dignidade de viver e morrer, o autor propõe uma análise sobre o conceito de mistanásia — a morte infeliz causada pela exclusão social. “A Morte Social: Mistanásia e Bioética” é resultado do pós-doutorado do de Dom Luiz Antonio Lopes Ricci, que apresenta o conceito de mistanásia (morte social, precoce e evitável), pelo viés da bioética social, cotidiana, crítica, latino-americana e integrativa.
Segundo Dom Luiz, a bioética, como ética aplicada, situada num contexto social injusto e plural, visa contribuir para a defesa e a promoção da vida humana, sobretudo, a vulnerada e exposta à possibilidade de morte mistanásica.
Para Dom Luiz Antonio, por meio deste novo conceito, o Brasil tem algo novo a dizer ao mundo: “Assim como alargar o horizonte da reflexão com a ‘voz’ mistanásia, que pode ser inte-grada à sinfonia da bioética global, transnacional e plural, objetivando o bem viver, a justiça e a vida digna para os empobrecidos e vulnerados. Por essa razão, ao abordar questões vitais e centrais para uma vida digna e com qualidade, o conceito de mistanásia deve ser algo trans-versal na produção da bioética, não um tema isolado”, conclui.
O neologismo mistanásia foi cunhado por Márcio Fabri dos Anjos. Trata-se de um conceito já coexistente e subjacente nas reflexões bioéticas, especialmente na América Latina, mas que ainda não aparece de forma clara e satisfatoriamente difusa. O viver sofrido quase sempre leva a morrer fora do tempo ou “antes da hora”. Mistanásia como morte social é um referen-cial que vem preencher uma lacuna sentida no habitual trio eutanásia, distanásia e ortotaná-sia. (A.N.)

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