Filme de Alfred Hitchcock é aplaudido com entusiasmo
Jhonattan Reis 08/03/2018 19:27 - Atualizado em 14/03/2018 16:49
Rodrigo Silveira
Sob aplausos. Foi assim que terminou a exibição do longa-metragem “Janela Indiscreta” (Rear Window, 1955), dirigido por Alfred Hitchcock, no Cineclube Goitacá, nessa quarta-feira (7) à noite. A sessão aconteceu na sala 507 do edifício Medical Center, no Centro de Campos, com entrada gratuita. Quem apresentou a obra foi o cineasta e crítico de cinema Felipe Fernandes, que destacou que foi a primeira vez que um filme de Hitchcock foi exibido no Cineclube.
— Quando (Gustavo) Oviedo (advogado e publicitário) me disse que nunca havia sido passado um filme de Hitchcock no Cineclube, pensei: então vamos resolver este problema. E “Janela Indiscreta” é o longa deste diretor que eu mais gosto. É um grande filme — comentou Felipe antes da exibição.
A história se passa em Greenwich Village, Nova York. Lá, L. B. Jeffries (James Stewart), um fotógrafo profissional, está confinado em seu apartamento por ter quebrado a perna enquanto trabalhava. Como não tem muitas opções de lazer, Jeffries vasculha a vida dos seus vizinhos com um binóculo, até que ele vê alguns acontecimentos que o fazem suspeitar que um assassinato foi cometido.
O apresentador da noite comentou, também sobre a ideia do personagem principal no filme.
— É como se fosse ele um espectador. O Jeffries está o tempo todo ali observando, e até por lentes, com o uso de sua câmera. Da mesma forma acontece com o cinema. Os cineastas utilizam lentes para aproximar uma cena e contar uma história — observou Felipe Fernandes, que voltou a elogiar o roteiro.
— É muito bem feito. E a forma como o filme é narrado é muito interessante. A história praticamente inteira se passa dentro de um quarto, com vista para fora, já que o personagem principal não consegue se locomover — falou.
Oviedo observou que, no fim do filme, há um desfecho em cada “janela”, no imóvel de cada vizinho observado durante o longa.
— Isso é algo muito bem pensado. Outra coisa que observei foi a visão muito negativa que o filme tem do matrimônio — comentou, aos risos.

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