Geraldo Pudim interrogado como testemunha na capital
28/02/2018 22:29 - Atualizado em 01/03/2018 14:41
Geraldo Pudim
Geraldo Pudim / Divulgação
O deputado estadual Geraldo Pudim (PMDB) prestou depoimento nesta quarta-feira na 204ª Zona Eleitoral do bairro da Saúde, no Rio de Janeiro, como uma das testemunhas na ação penal da operação Caixa d’Água, que apura um suposto esquema de caixa dois com empresários locais na Prefeitura de Campos durante a gestão Rosinha Garotinho. O interrogatório por carta precatória será encaminhado ao juiz Ralph Manhães, responsável por conduzir o processo em Campos. No entanto, até o fechamento desta edição, o teor do depoimento não foi divulgado. 
Além do ex-aliado do casal Garotinho, quem também foi interrogado no processo, mas na última semana, foi o ex-executivo da JBS Ricardo Saud, apontado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) como elo entre a multinacional do ramo dos alimentos e repasse de R$ 3 milhões de dinheiro ilegal para a campanha do ex-governador Anthony Garotinho em 2014. Porém, o que Saud falou também não foi divulgado.
Além da ex-prefeita, o marido dela, Anthony Garotinho, chegou a ser preso durante as investigações no final do ano passado, mas, assim como todos os demais réus, foram beneficiados por habeas corpus do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, e respondem em liberdade. Principal testemunha do processo, o empresário André Luiz Rodrigues, o Deca, relatou em sua delação premiada e no depoimento à Justiça Eleitoral que participou de uma reunião com outros empresários no Rio de Janeiro, onde também estaria presente Pudim. Neste encontro, segundo Deca, o ex-governador pediu R$ 1 milhão de cada empreiteiro para ajudar em sua campanha em 2014.
Após a reunião no Rio, Deca conta que conversou com o empresário Ney Flores, co-réu do processo e um dos presentes na reunião. Segundo André, Ney teria falado sobre a possibilidade de um contrato de R$ 3 milhões com outra empresa do delator, a Ocean Link, com a JBS. Inicialmente, Rodrigues afirma que pensou que o serviço seria prestado e que R$ 1 milhão do seu lucro seria para pagar a “dívida” com Garotinho.
O nome do político da Lapa apareceu escrito a mão em uma nota fiscal emitida em Campos pela JBS com o valor de R$ 3 milhões de supostos serviços da Ocean Link à multinacional dos alimentos. Porém, segundo André Luiz, era apenas uma forma de “lavar o dinheiro”.

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