O empresário Wesley Batista, um dos donos do grupo JBS, esteve nesta quarta-feira na 6ª Vara Federal, em São Paulo, para uma audiência com o juiz Diego Paes Moreira. Ele foi solto na última terça-feira, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e terá que comparecer à Justiça semanalmente, até que se resolva a questão da tornozeleira eletrônica, em falta no estado de São Paulo. A Vara paulista vai solicitar o empréstimo de um equipamento à Justiça do Paraná.
No final da audiência, Wesley pediu a palavra ao juiz para dizer que vai cumprir as medidas cautelares que lhe foram impostas pela Justiça. “Cumprirei rigorosamente todas elas com disciplina e rigor”. Wesley também disse ao juiz que está “colaborando 100% e à disposição da Justiça no que me for solicitado”.
Wesley deixou a carceragem da Polícia Federal (PF) em São Paulo na madrugada desta quarta. Ele e o irmão Joesley tiveram a prisão preventiva substituída por medidas cautelares, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Joesley, porém, segue preso porque existe um segundo mandado de prisão contra ele.
A decisão, por 3 votos a 2, foi tomada no âmbito do processo em que Wesley e Joesley são réus, acusados de ganhos ilegais no mercado financeiro.
Pela decisão do STJ, Wesley Batista terá de comparecer em juízo e manter endereço atualizado; ficará proibido de se aproximar ou ter contato com outros réus e testemunhas; ficará proibido de ocupar cargo no conjunto de empresas envolvidas no caso; ficará proibido de deixar o Brasil sem autorização; será submetido à monitoração eletrônica.
Em nota, a defesa dos irmãos Batista diz que “reitera que confia na justiça e voltará a apresentar relatórios técnicos que demonstram a normalidade de todas as operações financeiras efetuadas, que afastam por completo qualquer dúvida sobre a licitude de sua conduta”. (A.N.)