TRE mira ações da Chequinho
Aldir Sales 20/02/2018 13:40 - Atualizado em 22/02/2018 13:48
Vereador Roberto Pinto
Vereador Roberto Pinto / Foto: Antônio Leudo
O Carnaval já passou, mas o bloco da Chequinho continua movimentando o plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Nessa segunda-feira (19), na primeira sessão após a folia de Momo, estava previsto o julgamento do recurso do vereador Roberto Pinto (PTC), condenado em primeira instância por participação no “escandaloso esquema” de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição municipal. No entanto, pela segunda vez desde a volta do recesso judiciário, houve pedido de vista por parte de um desembargador e a análise do processo foi adiado.
Além dos vereadores eleitos, os suplentes também estão na mira do TRE. Para essa segunda-feira, estavam marcados os julgamentos de Kelynho Povão (PHS) e Aílton Tavares (SD), que receberam 1.186 e 1.694 votos. No entanto, as ações também foram adiadas. Para hoje está prevista a análise dos recursos dos ex-vereadores Altamir Bárbara (SD), Cecília Ribeiro Gomes (PT do B) e do suplente Aldo de Tocos (PRP), também condenados em primeira instância.
Roberto Pinto é um dos dois vereadores denunciados pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por uso eleitoral do Cheque Cidadão e que ainda não teve o recurso analisado no plenário da segunda instância. Além dele, Thiago Ferrugem (PR) é o outro parlamentar condenado em primeira instância e que não foi levado ao TRE. Roberto rompeu politicamente com o grupo do ex-governador Anthony Garotinho e chegou a relatar que estava sofrendo ameaças no início do ano passado, mas o nome do parlamentar que tem base eleitoral na região em Dores de Macabu continuou sendo citado nas investigações. O recurso do vereador do PTC chegou a entrar na pauta do TRE no dia 22 de janeiro, mas também foi retirado da mesa em cima da hora.
Enquanto isso, os vereadores Thiago Virgílio (PTC), Linda Mara (PTC) e Miguelito (PSL) tiveram as condenações mantidas pela Corte Regional e esgotaram todos os recursos na segunda instância. Desta forma, os parlamentares apenas aguardam a comunicação do Tribunal para serem afastados, assim como já aconteceu com Jorge Magal (PSD), Vinícius Madureira (PRP) e Jorge Rangel (PTB), que recorrem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas fora dos cargos. Além deles, Kellinho (PR) e Ozéias (PSDB) tiveram as condenações mantidas na segunda instância, mas ainda têm recursos cabíveis no Regional antes de um possível afastamento, porém, não existe data definida para análise dos desembargadores.

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