Candidato à sucessão de Eduardo Paes (PMDB) na Prefeitura do Rio em 2016, o deputado federal Pedro Paulo (PMDB) sugeriu que o seu principal aliado troque o partido pelo PP visando à disputa pelo Governo do Estado em outubro. Em entrevista à coluna Informe, do jornal O Dia, o parlamentar afirmou que a permanência no PMDB geraria um grande destaque para a imagem de Paes.

— Os partidos com maior rejeição no Brasil são PMDB e PT. Isso pesa ainda mais para os candidatos no Rio. (...) Isso representaria perda de 20% a 25% do eleitorado — afirmou Pedro Paulo, que analisou uma possível ida do ex-prefeito para o PP. “O PP tem base na Câmara dos Deputados e, portanto, tempo de televisão. Permite a formação de uma aliança ampla, inclusive com a centro-esquerda. Tem estrutura no interior do estado, com a força do (vice-governador Francisco) Dornelles. Os desgastes não se comparam. O PP tem seus problemas, mas como todos os outros. Está no lugar-comum dos problemas”, afirmou.

Perguntado se Paes aceitaria trocar a candidatura ao governo estadual pela disputa ao Senado, para a formação de alianças, Pedro Paulo é enfático: “É impossível que ele concorra ao Senado. Se for para ser candidato ao Senado, continua na empresa em que está trabalhando (a chinesa BYD).”

Pedro Paulo ficou marcado pelo caso onde sua esposa o acusou de agredi-la fisicamente em 2016, o que foi retirado por ela mesma posteriormente. No entanto, com a imagem desgastada, o peemedebista ficou de fora do segundo turno na última eleição municipal, mesmo com o apoio da máquina pública, ficando atrás de Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (Psol), que disputaram o segundo turno com a vitória de Crivella, que se elegeu prefeito. (A.S.) (A.N.)