O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aprovou com ressalvas, na sessão desta quarta-feira, as contas da campanha do ex-governador Anthony Garotinho ao Governo do Estado em 2014. A Corte não informou detalhes. Anteriormente dentro do mesmo processo, a Secretaria de Controle Interno e Auditoria do TRE também havia recomendado a aprovação com ressalvas.

De acordo com o que foi declarado à Justiça Eleitoral em 2014, as maiores contribuições a campanha de Garotinho foram da campanha da então ex-presidente Dilma Rousseff (PT), no valor de R$ 919 mil, além de R$ 419 mil repassados pelo diretório estadual do Partido da República após doação da Amil Assistência Médica.

O sistema da Justiça Eleitoral também registrou os repasses do diretório estadual a Garotinho a partir das doações das construtoras OAS (R$ 600 mil) e da Carioca Engenharia (R$ 300 mil), envolvidas nos escândalos que levaram às investigações da Lava Jato a outros políticos, como o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outra contribuição, mas diretamente, foi da Mineração Corumbaense Reunidas S.A., no valor de R$ 500 mil, responsável por extração de minério de ferro no Mato Grosso do Sul.

A campanha do ex-governador também registrou débitos, em sua maioria, com material de campanha, placas, santinhos, correspondências e pagamento de pessoal.

Garotinho teve 1.576.511 de votos na corrida ao Palácio Guanabara há quatro anos, mas ficou de fora do segundo turno por apenas 0,53% do eleitorado, quando foi surpreendido por Marcelo Crivella (PRB), que obteve 1.619.165 votos e ficou na segunda colocação, atrás do então candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB).