A Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) da Lava Jato, que apura o contrato da Prefeitura de Campos com a construtora Odebrecht na gestão da ex-prefeita Rosinha Garotinho, ouviu três ex-secretários municipais e está em fase final para a conclusão dos trabalhos. De acordo com o presidente da CPI, o vereador Genásio (PSC), outro ex-secretário e mais duas pessoas do alto escalão do último governo serão convocadas a prestar esclarecimentos.

No entanto, Genásio advertiu que, seguindo o regimento interno da Câmara, os nomes dos interrogados não podem ser divulgados para não atrapalhar o andamento das investigações. “As oitivas são importantes, é onde aprofundamos a investigação, checamos os documentos do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público, buscamos informações. Alguns depoimentos foram divergentes entre si e estamos correndo contra o tempo, já que o prazo da CPI é até o dia 14 de março”, disse o vereador.

Inicialmente, as oitivas estavam previstas para a última semana, mas foram remarcadas para esta segunda-feira. Os trabalhos da Comissão continuam durante o período de recesso. Parlamentar que pediu vistas do processo na semana passada, o vereador Thiago Ferrugem (PR) afirmou que fez o pedido para poder estudar melhor o caso. “Ninguém teve acesso aos autos. São de 500 a 700 páginas. Como poderia fazer alguma pergunta se não conhecia o processo e as investigações? Quero estudar para saber o que perguntar”, afirmou Ferrugem.

A CPI investiga contratos da gestão Rosinha Garotinho com a Odebrecht para a construção das casas populares do Morar Feliz. O contrato firmado, já com aditivos, chegou a quase R$ 1 bilhão, o maior já realizado pelo município.

Além de Genásio, também compõem a CPI o relator José Carlos (PSDC) e os vereadores Abu (PPS), Jorginho Virgílio (PRP) e Thiago Ferrugem.