O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-prefeito de Maricá, declarou que o discurso da legenda deve ser mais radicalizado após a condenação em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do triplex do Guarujá, em São Paulo, e afirmou: “se querem normalidade no Brasil, é melhor não tocar no Lula”. Em entrevista à coluna Informe, do jornal O Dia, Quaquá também disse que o candidato do partido ao Governo do Estado do Rio de Janeiro será o ex-ministro das Relações Exteriores de Lula, Celso Amorim.
Para Washington Quaquá, uma eventual prisão do ex-presidente poderia causar uma grande movimentação popular. “Só se faz revolução com Exército ou com o povo na rua. Nós não temos hoje gente organizada para uma reação que altere a conjuntura, que altere a situação política. O que não significa que não teremos. Uma prisão do Lula pode levar o PT e as forças aliadas a organizar o povo. E isso pode, em um mês, gerar 50 mil pessoas na rua; em três meses, 200 mil; em seis meses, pode ter um milhão. Ninguém sabe o que pode acontecer com uma prisão do Lula”.
O político também defendeu o discurso mais radicalizado adotado pelo partido, e alertou: “Nós, obviamente, teremos que radicalizar mais. Se querem normalidade no Brasil, é melhor não tocar no Lula”, afirmou.
Questionado sobre a pouca identificação de Celso Amorim com o eleitorado do Rio de Janeiro, Quaquá elogiou a experiência internacional do ex-ministro. “Pois é... mas ele foi o mais importante ministro do Lula, da política macro, uma das políticas mais vitoriosas do Lula, que foi a política internacional. O Rio precisa captar recursos internacionais. Ninguém melhor que o nosso chanceler, que conhece o mundo todo e é conhecido em todo o mundo”. (A.S) (A.N.)