Quem ainda não acompanhou uma das solturas de tartarugas marinhas, realizadas neste verão, tem mais duas chances de conferir de perto a atividade que já atraiu cerca de duas mil pessoas para as praias da região. A ação é uma iniciativa do Porto do Açu, em parceria com o projeto Tamar e as prefeituras de São João da Barra e Campos. A atividade de encerramento no município sanjoanense está marcada para esta sexta-feira, quando moradores e veranistas poderão participar de palestra educativa, no Espaço da Ciência, seguida de soltura de filhotes, a partir das 16h, no balneário de Atafona. Já na praia campista, a última atividade está programada para este sábado, às 9h, em frente ao estande da secretaria de Meio Ambiente. Somando as ações dos dois municípios, serão dez as solturas abertas à comunidade, neste ano.
O objetivo da iniciativa, como parte das ações de Sustentabilidade do Porto do Açu, é despertar nas pessoas o interesse em adotar as boas práticas ambientais. Ao mesmo tempo, durante a atividade, a empresa tem a oportunidade de apresentar à população o Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas, realizado pelo empreendimento desde 2008. Diariamente, técnicos percorrem 62 km de praia, registrando qualquer ocorrência relativa às tartarugas. O monitoramento abrange desde o Pontal de Atafona, em São João da Barra, até Barra do Furado, em Campos dos Goytacazes. Durante o período reprodutivo, que vai de setembro a março, a equipe localiza, identifica e acompanha os ninhos de tartarugas até o nascimento dos filhotes. Desde o início da atual temporada de desovas, o Programa registrou o nascimento de cerca de 40 mil filhotes.
O coordenador de Meio Ambiente do Porto do Açu, Daniel Nascimento, comemora o resultado das ações deste ano. “Estamos muito satisfeitos com o alcance das nossas atividades de soltura. Conscientizar duas mil pessoas sobre a importância da preservação do meio ambiente significa, na verdade, atingir um número bem maior, porque, sem dúvida, elas saem das ações dispostas a passar adiante tudo o que aprenderam”, afirmou.
O Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas atende a diretrizes técnicas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – Tamar e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). (A.N.)