Depois que os quatro hospitais filantrópicos de Campos — Santa Casa de Misericórdia, Álvaro Alvim, Plantadores de Cana e Beneficência Portuguesa — emitiram um comunicado informando sobre a situação financeira, em virtude do não pagamento por parte da Prefeitura, nesta quinta-feira, funcionários de três unidades, com exceção do Álvaro Alvim, entraram em estado de greve. Eles estão sem o 13º de 2017 e os pagamentos dos meses de dezembro e janeiro. Segundo os diretores dos hospitais, a dívida do município chega a R$ 43,2 milhões. Após os hospitais informarem que iriam suspender diversos atendimentos, a Prefeitura repassou, na última semana, R$ 3 milhões e já havia repassado ao longo do ano R$ 160 milhões, em verbas federais.
A decisão dos cerca de 1.500 funcionários foi tomada em assembleia na sede do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde, na última quarta-feira.
— Estamos reivindicando o que é direito. Nossa expectativa é que os hospitais fiquem em dia com os trabalhadores. Caso seja necessário, iremos à Justiça — afirmou o presidente do Sindicato, Carlos Morales.
Nesta quinta-feira, a ata da assembleia com a decisão dos trabalhadores foi encaminhada aos três hospitais.
A direção do Hospital Plantadores de Cana informou, em nota, que não vai se posicionar sobre o movimento dos funcionários.
Já a Prefeitura de Campos, informou que na última sexta-feira (02) foram repassados os R$ 3 milhões, conforme anunciado pelo prefeito durante entrevista coletiva no dia 1º de fevereiro. Agora, o município aguarda o crédito da participação especial dos royalties para repasse dos recursos, na ordem de R$ 5 milhões, aos hospitais contratualizados. A previsão é de que o repasse da participação especial seja feito em 10 de fevereiro, mas devido ao feriado prolongado de Carnaval, a Prefeitura aguardará o crédito para efetuar o repasse em seguida. A Prefeitura de Campos reitera que realizou o repasse de mais de R$ 160 milhões aos hospitais contratualizados relativos à contrapartida federal e municipal em 2017. Os repasses federais estão rigorosamente em dia.