Jéssica Felipe
05/02/2018 20:11 - Atualizado em 07/02/2018 13:44
Um buraco foi feito no muro de uma agência bancária do Bradesco, situada na rua Saldanha Marinho, no Centro de Campos, na manhã desta segunda-feira (5). O acesso dos suspeitos foi feito através de um terreno abandonada no cruzamento da Saldanha Marinho com rua 13 de Maio, que chegou a ser alvo de várias denúncias. Os suspeitos, ainda não identificados, fizeram um buraco na parede de aproximadamente 50cm, mas não conseguiram realizar o crime.
Os suspeitos abandonaram o local com a chegada da Polícia Militar (PM), que foi acionada por populares ao perceberem a movimentação estranha. Na fuga, duas mochilas com diversos materiais, entre eles uma cavadeira, foram deixadas no local. Na parte da tarde, o buraco já havia sido tapado.
O caso foi registrado na 134ª Delegacia de Polícia (DP), do Centro, onde segue em investigação. Até o fechamento desta edição, nenhum suspeito foi localizado.
O terreno por onde os suspeitos tiveram acesso a parede do banco já abrigou um casarão histórico, construído na segunda metade do século XIX e demolido, sem autorização, em 5 de janeiro de 2013. A Folha já publicou diversas matérias nas quais a população cobra uma posição de órgãos competentes para dar um fim ao terreno.
Em reportagem publicada no dia 29 de agosto de 2017, o ambientalista e professor Aristides Sofiatti lembrou que. na época em que o prédio foi demolido, muitas discussões foram travadas e nenhuma solução. “Lembro muito bem e até participei desse processo e o Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal (Coppam) procurou o Ministério Público Estadual (MPE) uma semana após a demolição do imóvel e formalizou uma ação civil pública buscando a reparação do dano com a reconstrução do prédio nas exatas condições em que se encontrava, além da aplicação de multa aos sete proprietários e a proibição de explorar o imóvel comercialmente, devido a estar incluído em uma Área de Interesse Cultural”, disse ele, na ocasião. (J.F.) (M.S.)