Um ano de crise na política e na economia, eleições para a presidência da República e Copa do Mundo. Em meio a esse conjunto de aspectos e particularidades, dirigentes, técnicos e atletas que atuam nas diferentes modalidades esportivas em Campos se dividem em relação às expectativas para 2018.
No basquete, o treinador e diretor do Automóvel Clube, Carlos Peixoto, o Cacá, foi obrigado a alterar seus planos em razão da crise.
— Tínhamos a expectativa de disputar a Liga Ouro. No entanto, a crise se arrasta e não conseguimos concretizar as parcerias para este ano. Mas contamos com a parceria da Fundação Municipal de Esportes para a disputa do torneio da LSB (Liga Independente de Basquete) e o Estadual, a fim de continuarmos a representar o basquete de Campos — disse.
Aníbal Wagner, diretor da Federação Estadual de Vôlei, alimenta “expectativas realistas”. À frente de um projeto de formação de novos talentos na Casa do Vôlei, da Fundação Municipal de Esportes, que atende atualmente cerca de 250 atletas, Aníbal considera que este ano haverá também dificuldades que afetaram os esportes em 2017.
— Sou realista, em razão da crise, tanto do ponto de vista nacional como local. Vai ser um ano conjuntura nacional difícil, de eleição, de Copa do Mundo. O Estado vive graves dificuldades, o município também e, no âmbito nacional, a crise econômica que continua— afirmou.
Ele ressalta a volta dos Jogos Estudantis de Campos. “Foi um grande avanço”.
Na natação, o professor Luciano Reis, da equipe Reis, nutre boas expectativas com a federalização dos nadadores dos Tênis Clube de junto à Federação Aquática do Estado do Rio de Janeiro (Farj).
— Antes, nossos nadadores eram inscritos pelo Botafogo. Mas agora serão todos federados pela Farj como atletas do Tênis possibilitando inclusive que possamos captar recursos através da Lei de Incentivo Fiscal — afirmou.
À frente da presidência da Fundação Municipal dos Esportes (FME), Raphael de Thuin, desafia a crise e mira a captação de recursos junto ao Ministério dos Esportes para a construção de um ginásio. O dirigente concentra também suas forças no quantitativo de atendimentos. Não abre mão de multiplicar o número de pessoas que praticam esportes em Campos este ano. Ele lembra que há um ano, quando assumiu a FME, havia apenas cerca de 1,2 mil pessoas praticando uma atividade física.
— Em um ano, esse número passou para 13 mil atendimentos, o equivalente a 1000% de aumento. A expectativa, para este ano, é chegar a 20 mil atendimentos— projetou.
Além disso, os Jogos Estudantis de Campos passarão a ter novas modalidades e prevê também aumento no quantitativo de atletas envolvidos na disputa, envolvendo as categorias sub 15 e 17.
— Em 2018 iremos construir um ginásio poliesportivo. Para 2018 vamos continuar trabalhando para superar os desafios. Já começamos a construir um novo modelo de esporte com o apoio da iniciativa privada e recursos do Ministério do Esporte. Já conseguimos 100% de verba para a construção do ginásio e a reforma do nosso prédio de artes marciais — concluiu.