Cineclube Goitacá voltou de férias e abriu a programação 2018 com a exibição do filme “Dunkirk” (2017), do diretor Christopher Nolan, nessa quarta-feira (21). A obra foi apresentada pelo jornalista e poeta Aluysio Abreu Barbosa na sala 507 do edifício Medical Center, no Centro de Campos.

Antes de começar o filme, Aluysio comentou que “Dunkirk” é um filme que tem um apanhado histórico necessário para pensar a época em que a história se passa. Além disso, destacou o trabalho de Christopher Nolan.

— É um diretor muito competente. É muito difícil fazer filmes de ação, e ele faz obras excelentes. Este, por exemplo, é um longa-metragem ótimo e com cenas muito fortes — disse ele, lembrando que “Dunkirk” recebeu oito indicações para o Oscar deste ano, incluindo melhor filme e diretor.

Já após o debate, o apresentador da noite citou uma crítica que publicou três dias depois do lançamento do filme, no ano passado, em seu blog Opiniões (http://www.opinioes.folha1.com.br/).

— Um dos pontos que toco nessa crítica é a forma como as pessoas enxergaram a Operação Dínamo (que conseguiu resgatar mais de 330 mil homens da cidade francesa que dá nome ao filme, durante a Segunda Guerra Mundial) naquela época — disse, continuando:

— Se pensarmos em nação belicamente mais poderosas hoje em dia, vamos pensar em Estados Unidos e Rússia. Se você fosse retroceder a 1940, qualquer pessoa falaria que as duas mais poderosas seriam França e Grã-Bretanha. E elas foram derrotadas em um espaço de cinco semanas. Isso deu um “nó” na cabeça das pessoas nessa época — explicou.

Também após a exibição, o cineasta e publicitário Felipe Fernandes contou ter achado o filme “frio”. “Não sinto nada com esse filme. Acho que ele deixa muita coisa implícita”.

O advogado e publicitário Gustavo Oviedo discordou. “Não acho que seja um filme frio. Gostei da forma como ele se desenrolou”, relatou ele, que ainda destacou a sonoplastia. “Todo o trabalho de som é muito bem feito”, concluiu.