Protestos marcam primeira noite de desfile das escolas do Grupo Especial no Rio
12/02/2018 13:16 - Atualizado em 15/02/2018 16:13
Reprodução/G1
O primeiro dia do Grupo Especial do Rio foi marcado por protestos nos desfiles e por problemas da Grande Rio, que estourou o tempo após ter um carro quebrado e perderá 0,5 ponto pelo atraso.
A Paraíso de Tuiuti recontou a história da escravidão no Brasil e fez críticas à reforma trabalhista aprovada recentemente.
O destaque ficou no último carro da escola, que levou um vampiro com uma faixa presidencial para a Marquês de Sapucaí.
A Mangueira condenou o corte de verbas da Prefeitura do Rio, que neste ano repassou menos dinheiro às escolas de samba, com críticas diretas ao prefeito Marcelo Crivella.
Também desfilaram neste primeiro dia Império Serrano, São Clemente, Vila Isabel e Mocidade Independente de Padre Miguel, que tenta o bicampeonato.
Império Serrano
Divulgação/Vídeo G1
Após sete anos longe da elite, o Império Serrano retornou ao Grupo Especial e abriu o carnaval do Rio de Janeiro neste domingo (11).
Com enredo que homenageou a China, a escola verde e branca também lembrou Arlindo Cruz, sambista que se recupera de um AVC e é muito identificado ao Império.
São Clemente
Divulgação/Vídeo G1
A São Clemente levou à Sapucaí um desfile sobre os 200 anos da Escola de Belas Artes (EBA) do Rio, na tentativa de conquistar o título inédito no Grupo Especial.
Vila Isabel
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Terceira escola a entrar na Sapucaí no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do Rio, a Vila Isabel contou as grandes invenções da humanidade, sob o comando do carnavalesco Paulo Barros.
Com o enredo “Corra que o futuro vem aí", a escola usou abusou do visual futurista, do brilho e das luzes. Vestidos de Leonardo da Vinci, integrantes da comissão e frente levaram círculos com projeção 3D à avenida. A fantasia da porta-bandeira também impressionou, com uma saia de LED "em chamas”.
Paraíso do Tuiuti
Divulgação/Vídeo G1
A Paraíso do Tuiuti passou pela Sapucaí deixando uma pergunta: "Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?"
A escola de São Cristóvão fez uma crítica ao racismo e às dificuldades dos trabalhadores brasileiros e recontou a história da escravidão no Brasil, nos 130 anos da Lei Áurea. A comissão de frente trouxe um "grito de liberdade", com bailarinos interpretando escravos negros sendo açoitados por um capataz.
Grande Rio
Divulgação/Vídeo G1
A Grande Rio fez um desfile saudoso e cheio de irreverência sobre Chacrinha, mas foi prejudicada porque o último carro quebrou na concentração, a 500 metros da entrada da Marques de Sapucaí.
A escola viveu momentos de drama, com buracos na avenida, e não conseguiu terminar o desfile dentro do tempo limite, atravessando o portão da dispersão após 1 hora e 20 minutos, estourando o tempo em 5 minutos. A ausência do último carro pode prejudicar as notas de alegoria e enredo, e a escola vai perder 1 décimo para cada minuto excedente no desfile – totalizando 0,5 ponto.
Mangueira
Divulgação/Vídeo G1
Após o corte de verba da Prefeitura do Rio para as escolas de samba, a Mangueira levou para a Sapucaí o enredo "Com dinheiro ou sem dinheiro eu brinco".
Em clima de "protesto irreverente", vários trechos da letra do samba ironizaram a decisão de cortar os recursos destinados às escolas. Um dos carros representou o prefeito Marcelo Crivella como um boneco de Judas, acompanhado da frase: "Prefeito, pecado é não brincar o carnaval".
Mocidade Independente
Divulgação/Vídeo G1
A Mocidade Independente de Padre Miguel fechou a primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio exaltando a Índia e mostrando as semelhanças entre as culturas brasileira e indiana no enredo "Namastê... A estrela que habita em mim saúda a que existe em você".
A escola apostou em elefantes "puxando" o carro abre-alas e jacarés à frente do segundo carro. Com efeitos especiais, a comissão de frente levou "deuses e monges" para a Sapucaí, além de figuras emblemáticas como Gandhi (1869-1948).
Fonte: G1
Fotos: Reprodução/Vídeos G1

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