As escolas de samba Congos e Chinês prometem, nesse ano de 2018, manter a tradicional rivalidade carnavalesca em São João da Barra. Faltando poucos dias para a estreia na avenida, que acontece no domingo (11), o clima esquentou com os ensaios das baterias e coreografias, e o trabalho nos barracões se intensificou nas confecções de fantasias e alegorias. Congos abrirá a noite de desfile, às 22h, seguida de Chinês, à meia-noite. Na terça-feira (13), acontece a reapresentação das duas agremiações, com inversão na ordem de apresentação.

No ano em que completa 86 carnavais, Congos levará para a avenida o enredo “Sete: do início ao fim” e promete um desfile irreverente, interessante, dinâmico, alegre, criativo e luxuoso.

A criação do mundo, o colorido da natureza, as sete maravilhas, a batalha entre o bem e o mal, seres celestiais, o mistério dos sete mares, os sete pecados capitais são temas que inspiram os carnavalescos. Também serão retratados as sete divindades, as sete sagas do Harry Potter, as sete pragas do Egito, dança dos sete véus, as sete cores do arco-íris, sete palmos abaixo da terra (a morte), sete notas musicais, divididos em 3 carros alegóricos, 5 tripés (elementos alegóricos), alas, alegorias e setores.

“Cerca de 40 pessoas trabalham intensamente nos barracões e, na avenida, serão 600 componentes defendendo as cores vermelha e branco”, informou o carnavalesco Geraldo Lopes, acrescentando que os 70 ritmistas, vestidos de Pierrô, darão o tom ao desfile que contará com a presença da madrinha da bateria Taiani Barreto, do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Ian Machado e Letícia Lopes, e rainha Tainá Madalena, além de diversas musas e destaques.

“O enredo está muito rico, o lúdico ganha vida, forma, cenários, figurinos e tudo necessário para criar formas de expressão e colorido especial visando encantar o folião com um belíssimo espetáculo”, completou Geraldo.

Com 85 anos de existência, Chinês resgatará na avenida sua própria história, com o enredo “Essa noite vai chover prata, com o gênio da arte”, em uma reedição do carnaval de 1996, do artista sanjoanense João Antônio Cajueiro Gaiato, que na época revolucionou a cidade ao promover a reflexão enfocando um grande protesto numa celebração Cultural, envolvendo os diversos segmentos e tradições culturais sanjoanenses. Entre os temas das alas estão: “É manchete”; “O teatro e os musicais”; “Grécia, o berço da arte”; “Folclore”; e “O carnaval oriental”.

“Através das mãos de um gênio, a escola do oriente revolucionava o carnaval de São João da Barra, trazendo inovações e um desfile marcado por ousadia, história e muito talento. Com um enredo arrojado, usando de tom crítico e recheado de criatividade e muito saudosismo, o artista pioneiro da cidade transformou os discretos desfiles carnavalescos em um grande espetáculo de cenários, uma ópera a céu aberto”, resumiu o carnavalesco Gil Miranda, referindo-se ao artista sanjoanense João Antônio Cajueiro Gaiato.

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Foram meses de trabalho, com uma média de 30 pessoas se empenhando no barracão e ateliê, preparando os 3 carros alegóricos, 4 tripés, 4 alas e alegorias além de fantasias. Na avenida, serão 600 componentes, entre eles a rainha da escola, Carlatriz Lopes; a madrinha da bateria, Thais Malhardes; rainha do samba, Keuren Ramos; musa Érica Ribeiro; casal de mestre-sala e porta-bandeira, Caíke e Marilyn Pinto, destaques de luxo: Luciano Vicente, Valéria Abreu, Tarciso Malhardes, Ariana Sá, Thiago Lemos. Na bateria, serão 70 ritmistas. (A.N.)