Suzy Monteiro
30/01/2018 10:11 - Atualizado em 31/01/2018 19:06
A deputada federal licenciada e filha do ex-governador Anthony Garotinho Clarissa Garotinho (PRB) rebateu, nesta segunda-feira (29), as declarações de Marco Antônio Cabral, outro deputado federal e, como ela, filho de ex-governador, mas de Sérgio Cabral. Em entrevista à Folha da Manhã, publicada no último domingo, Marco Antônio afirmou achar lamentáveis declarações de Garotinho, que afirma sentir-se ameaçado por Cabral – preso desde novembro de 2016. Para o parlamentar, Garotinho tem uma espécie de “psicopatia” em relação a seu pai e criticou o que chamou de “falta de dignidade” no episódio da ambulância, quando foi preso pela primeira vez. Secretária municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação do Rio, Clarissa afirmou que sua família “sente-se ameaçada sim com as declarações de Sérgio Cabral no presídio”.
Na entrevista, Marco Antônio afirmou não ter o que comentar sobre Garotinho ou a vida dele. Mas disse achar lamentáveis as declarações “de alguém que está desesperado. Não sei o motivo e nem quero saber quais são os processos dele, que ele deve à Justiça. Ele tem, com certeza, uma questão de psicopatia com o meu pai, isso é uma coisa certa. É psicopatia. Desde quando meu pai era governador, depois quando saiu do governo e ele nunca deixou de falar do meu pai. É um negócio patológico. Na minha opinião é um desespero dele e a população viu como ele se comportou, com aquela falta de dignidade, falta de hombridade... Um homem tem que saber se comportar, tem que saber se portar. Basta ver os vídeos, as cenas na maluquice de agressão, pulando de ambulância”.
Segundo Clarissa, o receio em relação às supostas ameaças se reforçou após “a agressão sofrida por Garotinho em Benfica, episódio em que foi confirmado pela perícia do Ministério Público o fato de que as gravações das câmeras de segurança do presídio foram editadas. Não temos dúvida que este ato covarde foi encomendado pela ‘gangue dos guardanapos’. É notório que Sérgio Cabral controlava o presídio onde estava, tal qual Pablo Escobar controlava ‘La Catedral’. Esse foi um dos motivos que determinou a transferência de Cabral para Curitiba”, disse.
Clarissa afirma, ainda, que o pai, “que denunciou toda quadrilha de Sérgio Cabral e mais de 150 agentes públicos, políticos e empresários, já solicitou escolta de segurança pessoal ao Governador Pezão, que até hoje, apesar do risco a que Garotinho está exposto diariamente, não tomou nenhuma providência”. E acrescentou: “Com relação às reações de Garotinho ao ser retirado à força de dentro de uma UTI coronariana, qualquer pessoa que se sente injustiçada, ainda mais com um stent no coração agendado, reagiria da mesma forma. Só não reagem aqueles que são definitivamente culpados”, concluiu.