Aldir Sales
26/01/2018 21:55 - Atualizado em 29/01/2018 16:59
Depois de manter a condenação de seis vereadores de Campos por participação no “escandaloso esquema” de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) apenas aguarda a definição de datas para julgar dez suplentes por compra de votos no âmbito da operação Chequinho. Na Câmara Municipal, a expectativa é de que as movimentações dos processos nos próximos meses cause uma grande dança das cadeiras no plenário da Casa e aumente a indefinição dos trabalhos. Na última quinta-feira, o TRE rejeitou os embargos de declaração dos vereadores Thiago Virgílio (PTC) e Linda Mara (PTC), último passo antes de serem afastados do cargo por causa de condenação em segunda instância e se juntam a Jorge Rangel (PTB), que também está na mesma situação.
A Coordenadoria de Sessões (Coses) é o último lugar para onde os processos são levados depois de estarem prontos para serem julgados, após passarem pelas mãos do desembargador relator, no caso da Chequinho, Cristiane Feijó. As ações envolvendo os suplentes foram conclusas com Feijó e enviada à Coses, em sua maioria, na última semana.
De acordo com consulta ao site do Tribunal Regional Eleitoral na noite desta sexta-feira, os suplentes que estão no aguardo pela inclusões dos seus recursos na pauta da Corte são Léo do Morro do Coco (PRP), Kellynho Povão (PHS), Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Aldo de Tocos (PRP), Ailton Tavares (SD), Tia Penha (PHS), Edilson Peixoto (PR), Altamir Bárbara (SD), Heloísa Rocha (PR), Geraldinho de Santa Cruz (PSDB) e Carlos Alberto Canaã (PTC). Juntos, todos eles receberam 12.006 votos, sem contar o ex-secretário de Obras Edilson, que teve a candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral.
Condenados - Sentenciados a perda do mandato e inelegibilidade por oito anos na primeira instância, Thiago Virgílio e Linda Mara tiveram os recursos negados no TRE em dezembro e, na quinta-feira, também tiveram os embargos rejeitados por unanimidade no plenário da Corte. Os dois podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas fora dos cargos, como já aconteceu com Jorge Magal (PSD), Vinicius Madureira (PRP). No lugar de Thiago Virgílio e Linda Mara devem ser convocados os suplentes Carlos Alberto Canaã (PTC) e Cabo Alonsimar (PTC). Porém, Canaã já tem condenação em primeira instância na Chequinho. Depois dele, vem Beto Cabeludo (PTC).
O afastamento, porém, só acontece após notificação do TRE à Câmara dos Vereadores. Jorge Rangel, por exemplo, teve os embargos negados em 11 de dezembro. Até o momento, o Legislativo não foi notificado. Quando Jorge sair, que retorna à Câmara será a professora Joilza Rangel (PSD).