A deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) afirmou, nesta quinta-feira (25), que está “chateada” com o imbróglio jurídico em torno de sua nomeação para o Ministério do Trabalho. Ela disse, porém, que lutará até o fim para assumir o cargo de ministra do governo Michel Temer. A parlamentar disse estar “confiante” de que conseguirá tomar posse no cargo. Caso se torne ministra, assume em seu lugar na Câmara Federal, o ex-vereador Nelson Nahim.
- Estou confiante no meu direito de assumir qualquer indicação. Vou lutar até o fim pelos meus direitos políticos e de cidadã. Serei leal ao governo que ajudei a construir até o fim - afirmou Cristiane, acrescentando que não desistirá do cargo e que não tem “pressa” para assumir o posto. “Não tenho pressa. Continuo deputada e tenho um mandato para cuidar”, declarou.
À imprensa, Cristiane evitou comentar declaração de seu pai, o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, que disse na quarta-feira, que a filha já não queria mais assumir a pasta. “Pai é pai. Ele está correto quando diz que estou chateada com essa confusão em torno da minha posse. Mas estou confiante”, disse.
Cristiane foi anunciada como ministra do Trabalho em 3 de janeiro. Sua nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia seguinte. Em 8 de janeiro, contudo, a posse dela foi suspensa por decisão liminar emitida pelo juiz federal Leonardo da Costa Couceiro, da 4.ª Vara Federal de Niterói.
O magistrado atendeu a pedido do mesmo grupo de advogados trabalhistas, que entrou com ação popular pedindo a suspensão da posse de Cristiane. Eles argumentam que a deputada não pode assumir o cargo, pois foi condenada em processos trabalhistas de ex-funcionários. (A.N.)