Aldir Sales
16/01/2018 22:13 - Atualizado em 17/01/2018 13:46
Após velório no Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, o corpo do campista, general do Exército e ex-ministro do Exército no governo de Fernando Collor de Melo (1990-1992), Carlos Tinoco Ribeiro Gomes, foi trazido para Campos e está sendo velado, na manhã desta quarta-feira (17), no Cemitério Campo da Paz. Familiares e amigos participaram de missa de corpo presente. Às 10h20, em cortejo com veículos e combatentes da 2ª Companhia de Infantaria do Exército, o corpo será levado para sepultamento, às 11h, no Cemitério do Caju. O general campista morreu na última segunda-feira (15), aos 90 anos, no Rio.
De acordo com o Comando Militar do Leste (CML), Tinoco estava internado no Hospital do Exército. A causa da morte não foi divulgada. Ele deixa esposa, dois filhos e netos.
Os familiares de Carlos Tinoco também contaram que ele saiu de Campos aos 17 anos para servir às Forças Armadas. Em abril de 1946 ingressou na Escola Militar do Realengo. Chegou a condição de capitão em dezembro de 1953 e foi designado para o 1º Batalhão de Fronteira, em Foz do Iguaçu (PR), em 1958.
De acordo com biografia publicada pela Fundação Getúlio Vargas, Tinoco era partidário do movimento político-militar que depôs o presidente João Goulart em 1964. Como general de Exército, foi comandante do Comando Militar do Sudeste, com sede em São Paulo. Assumiu o Ministério do Exército em março de 1990, permanecendo no cargo até outubro de 1992.
Ao longo da carreira, o campista recebeu diversas condecorações civis e militares, nacionais e estrangeiras, exercendo inúmeras funções de destaque, como oficial de gabinete do ministro do Exército, chefia do Estado-Maior do 10º Regimento, em Fortaleza, comandante da 4ª Divisão do Exército, em Belo Horizonte.
Após a renúncia de Collor, em 1992, já com 12 anos de generalato, Carlos Tinoco passou para a reserva remunerada e retirou-se da vida pública. (A.S.) (A.N.)