Matheus Berriel
19/01/2018 20:45 - Atualizado em 22/01/2018 13:35
Subiu de 1,8 para 3,2 a avaliação de Campos no 1º Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que mapeia as capitais, os municípios de regiões metropolitanas, com mais de 100 mil habitantes ou que tenham grande fluxo de turistas e de fronteira. Apesar disso, o índice não enquadra o município numa situação de risco de surto de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Porém, a situação é de alerta. Recentemente, nas redes sociais de moradores e veranistas do Farol do São Thomé têm sido tomadas por reclamações da grande quantidade de mosquitos por lá.
— O LIRAa registra um aumento não quer dizer que a infectividade vai aumentar. O aumento do índice já era esperado, devido à época de chuvas, mas não cresceu o número de pessoas infectadas neste período — explicou a diretora de Vigilância de Saúde, Andreya Moreira.
Para a realização do levantamento, o município é dividido em grupos de nove a 12 mil imóveis com características semelhantes. Em cada grupo, 450 são pesquisados. Os índices inferiores a 1% representam condições satisfatórias. De 1% a 3,9%, a situação é de alerta. Já os índices superiores a 4% significam o risco de surto de dengue.
No Facebook, moradores e turistas do Farol reclamam da infestação de mosquitos. “Quem vier para o Farol, traga litros de repelente”, publicou um deles. “Farol está abandonada, muito mosquito. As pessoas não conseguem andar no calçadão, fazer um lanche sem ficar se batendo”, escreveu outro.
Em nota, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) informou que, “no Farol de São Thomé, existe uma equipe específica, que realiza ações constantemente durante todo o ano. No verão, as ações são intensificadas, por ser um período tipicamente chuvoso, favorecendo o aumento do índice larvar. Atualmente, equipes do CCZ vêm intensificando os trabalhos com a utilização do carro fumacê e, quando necessário, do larvicida biológico - que não causa danos ao meio ambiente - para controlar o grau de infestação. A espécie de mosquito predominante no Farol não é o Aedes aegypti e, sim, outras espécies como o Cúlex, que não transmite doença e também pode ser combatido com inseticida comum”.
CCZ realiza mutirões de prevenção à doença
No último dia 28 de dezembro, um mutirão foi realizado pelo CCZ, no Farol, como forma de prevenção e controle ao Aedes Aegypti. Na ocasião, cerca de 60 agentes de endemias atuaram. Segundo informação da Prefeitura, na ocasião, dos 4.114 imóveis existentes, 1.850 foram visitados e 2.264 estavam fechados. De acordo com o coordenador de mutirão do CCZ, o médico veterinário Marcelo Sales, “além do trabalho de conscientização e recolhimento de inservíveis, foi feita a aplicação de larvicida nas áreas alagadas a fim de eliminar as larvas que originaria novos mosquitos adultos”. O fumacê também foi utilizado. Durante toda a ação, os agentes do CCZ encontraram 35 focos de larvas, que serão encaminhados ao laboratório para confirmação da espécie.
Nessa sexta-feira, houve mutirão com 130 agentes do CCZ nos bairros Bela Vista, Penha e Vila Manhães. Na próxima semana, 230 agentes atuarão em Vista Alegre, Riachuelo, Chácara João Ferreira, Turf Club e Oliveira Botelho.