A Rogil volta a operar, a partir deste sábado, as linhas das áreas de Lagoa de Cima e Rio Preto, após Termo de Acordo assinado na última quinta-feira (11). A decisão foi anunciada em audiência com a promotora Maristela Naurath, da Terceira Promotoria de Justiça do estado, quando foi debatida também a regularização do transporte coletivo nas localidades, interrompido desde a greve dos motoristas e cobradores por salários em atraso.

A audiência teve a participação do presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), Renato Siqueira, de membros da procuradoria; do proprietário da Rogil, Gilson Menezes e de lideranças comunitárias, acompanhadas do vereador Igor Pereira, pedindo solução para o impasse, que já dura mais de 45 dias.

Pelo Termo, a Rogil disponibilizará três ônibus para atender Rio Preto e as localidades de Itereré, Deserto e Santo Amaro, nos horários de pico. A partir de terça-feira (15), três outros ônibus serão destinados às localidades de Lagoa de Cima e Imbé, também nos horários de pico. Foi acordado ainda que a partir do período do ano letivo, estarão disponibilizados 16 ônibus para as localidades. A Rogil terá 10 dias para apresentar uma lista dos veículos em condições de circular.

Na audiência, a promotora disse que o Grupo de Apoio à Promotoria (GAP) visitou as garagens da Rogil e encontrou ônibus em manutenção e só 16 em condições de circular.

O presidente do IMTT informou que não foi comunicado pela empresa sobre a paralisação dos serviços, e que sugeriu a reestruturação do atendimento, com o deslocamento de alguns ônibus de outras linhas para a região de Lagoa de Cima e adjacências, mas o serviço não foi retomado.

— A Rogil se habilitou e venceu um processo de licitação sem apresentar a quantidade de ônibus exigida. Apesar de a empresa ter cerca de 60 ônibus, a empresa não se dispôs a atender a população, porém, o IMTT não abriu mão dos 16 ônibus para o atendimento — disse Renato.

Intervenção — No fim do mês passado, um grupo de moradores das localidades procurou o vereador Igor Pereira (PSB), que repassou o caso ao prefeito Rafael Diniz (PPS), enviou ofício ao presidente do IMTT, Renato Siqueira, e foi ao MP solicitar uma audiência para que se encontrasse uma solução para o caso.

— O atendimento é emergencial, ainda não é uma solução plena. Já que trouxemos ao conhecimento do Ministério Público este problema e conseguimos um acordo com o IMTT e a empresa. Agora, o MP vai fiscalizar e nós também estaremos atuando nesse sentido. A população de Campos precisa de transporte de qualidade. Saímos da audiência satisfeitos com a solução emergencial — avaliou o vereador Igor Pereira. (A.N.)