Jane Ribeiro
02/01/2018 18:30 - Atualizado em 03/01/2018 14:28
A adolescente Rudylla Lourenço, de 16 anos, não cometeu suicídio. Ela foi assassinada. A afirmação foi dada pelo delegado titular da 134ª Delegacia do Centro, Geraldo Rangel. Segundo ele, o marido de Rudylla, principal suspeito do crime, foi autuado em flagrante e permanece preso. Segundo ele, o laudo pericial constatou que o tiro não partiu das mãos da jovem.
Rudylla foi morta com um tiro na cabeça na manhã do último sábado (30) em um apartamento dentro do Condomínio Ámbar, complexo de imóveis que fica próximo ao Shopping Estrada, no Parque Rodoviário, em Campos. No dia, o marido foi conduzido à DP, para prestar esclarecimentos e havia informado aos policiais que a adolescente teria se matado com um tiro de revólver, calibre 32, na cabeça. Familiares da jovem contestaram a versão do marido. O casal tem um filho de um ano.
— Ele foi autuado em flagrante por homicídio pela Dra. Juliana Calife, delegada adjunta que estava no plantão. Vou analisar ainda os autos. Temos ainda 10 dias para terminar o procedimento de auto de prisão em flagrante. E vou dar uma analisada para saber quais as diligências que ainda tem que ser feitas. O laudo pericial constatou que não havia vestígio de pólvora nas mãos da vítima e que o tiro teria sido dado na cabeça de cima para baixo. O acusado está preso — informou o delegado Geraldo Rangel.
Durante o depoimento, o marido, de 21 anos, teria contado que na última sexta-feira, o casal, que vivia na casa dos pais dele, teria se desentendido. Ele teria ido à casa dos pais da adolescente para contar o fato e dizer que iria se separar. Ele disse, ainda, ter resolvido dar uma segunda chance ao relacionamento e os dois teriam passado a noite no novo apartamento. Pela manhã ele teria sugerido dar um tempo no relacionamento e ela não teria aceitado. O marido teria contado que Rudylla teria se cortado e dado um tiro na própria cabeça. Ele teria afirmado, também, que a arma era para a sua segurança. Ele se apresentou como investigador particular.
A família conta que o casal tinha um relacionamento conturbado e que um dia antes do crime, após uma briga intensa dos dois, o pai de Rudylla, teria ido à residência do casal tentar convencer a filha a voltar para casa, pelo menos durante o Réveillon. A jovem teria dito ao pai que já estava tudo bem e que os dois estariam indo para a casa nova.