Em campo, o Goytacaz luta para não ser rebaixado à Série B1 do Campeonato Estadual. Fora dos gramados, um sopro de esperança para a torcida alvianil: nesta quinta-feira, o juiz Ricardo Coimbra, da Comarca de Campos dos Goytacazes, determinou a penhora de 20% do faturamento diário do Cruzeiro até alcançar o valor de R$ 2,426 milhões. Segundo o documento, “a penhora deverá ser realizada na tesouraria do clube, ficando o seu presidente como depositário”. O montante será repassado ao Goytacaz por conta do direito na negociação de Jussiê.
Nesta sexta-feira, o presidente Dartagnan Fernandes, viaja até o Rio a fim de se encontrar com os advogados do clube.
— Vamos ingressar com um pedido junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio para que o Goytacaz tenha acesso imediato a pelo menos 50% do montante a ser penhorado — disse Dartagnan.
“Em 2004, entrei com uma ação e, em minha volta, também em 2014 voltei a cobrar da Justiça uma posição em nosso favor. O Goytacaz tem direito como formador do jogador que começou aqui sua carreira”, disse.
Os mineiros venderam o atleta ao Lens, da França, em janeiro de 2005, por 3,350 milhões de euros (US$ 4,34 milhões à época).
Não é de agora que o Cruzeiro enfrenta transtornos em razão da dívida com o Goytacaz. Em 2010, a negociação de Kleber com o Palmeiras se complicou porque o Cruzeiro, que ainda detinha os direitos federativos do jogador, se envolveu em um imbróglio judicial que o impede de realizar qualquer transferência de atletas.