Jogo de vida ou morte ou confronto de desesperados. Os clichês são inevitáveis para definir o drama e a ansiedade de América x Goytacaz, protagonistas do jogo deste sábado, às 16h, pela seletiva da Série A, no Estádio Elcyr Resende de Mendonça, em Bacaxá, onde qualquer outro resultado que não seja a vitória será mortal para as pretensões de um de outro em relação à permanência na divisão principal do futebol do Rio.
Sem vencer na competição, os dois times esperam tropeços de seus concorrentes melhor posicionados na classificação. O América tem zero ponto na disputa. Perdeu os dois jogos que disputou, enquanto o Goytacaz foi derrotado pelo Macaé (3x0), no jogo de estreia, e empatou em casa com a Cabofriense (1x1), somando apenas um ponto.
Dos seis times, apenas dois se classificam para a fase principal da Série A, juntando-se aos quatro grandes clubes cariocas.
O América viveu uma semana das mais tumultuadas, culminando com a dispensa do meia Léo Rocha e do atacante Romarinho, que brigaram com o técnico Lucho Nizzo. Houve até tentativa de agressão por parte do técnico a um dos jogadores.
No Goytacaz, o cenário começou ruim, devido ao bloqueio judicial da verba da TV Globo (R$ 240 mil), em razão de dívidas trabalhistas do clube. Menos mal, o clube conseguiu junto à Federação de Futebol do Rio parte dos recursos, o que permitiu pagar parte dos salários.
Nesta terceira rodada, a Cabofriense (com quatro pontos) recebe o Macaé (seis pontos), no Estádio Alair Correa, também às 16 horas. Já Resende e Bonsucesso se enfrentam no Estádio do Trabalhador, em Resende, no mesmo horário.
Entre os jogadores e comissão técnica do Goytacaz, o melhor dos cenários — desde que aconteça uma vitória alvianil neste sábado em Bacaxá — seria uma vitória do Macaé sobre a Cabofriense e um empate em Resende.
A torcida pela combinação de resultados
Entre os jogadores e comissão técnica do Goytacaz, o melhor dos cenários — desde que aconteça uma vitória alvianil nesta sábado em Bacaxá — seria uma vitória do Macaé sobre a Cabofriense e um empate em Resende.
— Vamos torcer, mas precisamos, antes de qualquer coisa, vencer o América. É jogo de vida ou morte. Quem vencer sobrevive, quem perder, morre — disse Paulo Henrique.
Aliás, os jogadores brincaram com Paulo felicitando-o pelo aniversário do comandante. O treinador completou ontem 75 anos.
Depois do treino recreativo deste sábado, na rua do Gás, o time alvianil seguiu nesta sexta mesmo para a Região dos Lagos onde está hospedada num hotel em Araruama. Logo após a refeição, a delegação segue com destino a Bacaxá.
O treinador disse que vai manter o mesmo time que empatou com a Cabofriense, na segunda rodada da competição.
— Não jogamos mal contra a Cabofriense. Apenas tivemos uma bobeira que não poderiamos cometer naquela altura do jogo - frisou.