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Lucho Nizzo
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Paulo Henrique
Adversários do próximo sábado (6) pela terceira rodada do torneio seletivo do Campeonato Estadual da Série A, America e Goytacaz mergulham numa grave crise justamente na semana do jogo decisivo que vai definir a vida dos dois times na competição. Qualquer outro resultado que não seja uma vitória na partida de sábado, em Bacaxá, sepulta de vez as pretensões de ambos em permanecer no pelotão principal do futebol do Rio.
O Goytacaz vive um momento financeiramente crítico, com impactos diretos no elenco que, até agora, só somou um ponto em dois jogos disputados. A verba que a TV Globo repassou ao clube através da Federação de Futebol do Rio se encontra bloqueada pela Justiça em razão de dívidas trabalhistas que se acumularam nas últimas administrações.
O técnico Paulo Henrique tenta amenizar os problemas à base do diálogo junto aos jogadores.
— A diretoria tem buscado resolver os problemas, mas também cabe a nós fazermos a nossa parte. Só vencendo o América que vamos sair desta situação — comentou.
Além do bloqueio das verbas, o clube enfrenta o problema da tentativa de penhora do Ary de Oliveira e Souza em razão das dívidas, segundo informou Arnaldo Garcia em sua coluna na Folha.
Já no America, as derrotas nas duas primeiras rodadas agravaram o clima de hostilidades entre jogadores e o técnico Lucho Nizzo, inclusive com tentativa de agressão. Como consequência, a direção americana decidiu afastar os atletas Léo Rocha e Romarinho. Segundo curta nota publicada no site oficial do clube, “faltas disciplinares graves” motivaram a decisão
—Eu tenho consciência limpa. Sempre após os jogos fazemos nossas reuniões para expor nossas opiniões. Eu falei na frente de todos que não tinha nada contra ele (Lucho) no aspecto pessoal, mas não concordava com as atitudes dele para escalar a equipe, não só comigo, mas com o Allan, Künzel, Belarmino, Pessanha... Ele veio pra cima de mim, querendo brigar. Eu não ia brigar com ninguém. Os jogadores separaram — disse Léo.