Tabela do IR não será reajustada
11/01/2018 22:18 - Atualizado em 16/01/2018 15:29
Alunos e professores do Curso de Ciências Contábeis da UFF oferecem orientação, preenchimento e envio da Declaração de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF). Macaé/RJ. Data: 09/04/2016. Foto: Guga Malheiros/ Prefeitura de Macaé.
Alunos e professores do Curso de Ciências Contábeis da UFF oferecem orientação, preenchimento e envio da Declaração de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF). Macaé/RJ. Data: 09/04/2016. Foto: Guga Malheiros/ Prefeitura de Macaé. / Secom Macaé
A Receita Federal informou, nesta quinta-feira, que a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) passará mais um ano sem reajuste. São três anos consecutivos. Para este ano, a faixa de isenção continuará em vigor apenas para quem recebe até R$ 1.903,98.
De acordo com cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Nacional (Sindifisco Nacional), se a correção pela inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tivesse sido aplicada todos os anos, a defasagem acumulada da tabela do Imposto de Renda entre 1996 e 2017 não teria chegado a 88,4%.
De acordo com o Sindifisco Nacional, se toda a defasagem tivesse sido reposta, a faixa de isenção para o Imposto de Renda seria aplicada para quem ganha até R$ 3.556,56. O desconto por dependente subiria de R$ 2.275,08 para R$ 4.286,28 por ano. O valor deduzido com gastos de educação chegaria a R$ 6.709,90, contra R$ 3.561,50 atualmente.
Em nota, o Sindifisco Nacional informou que a defasagem de quase 90% da tabela do Imposto de Renda achata a renda do trabalhador. “Se a faixa de isenção atual chega aos contribuintes que ganham até R$ 1.903,98, corrigida, livraria todo assalariado que ganha até R$ 3.556,56 de reter imposto na fonte. Representa dizer que essa diferença de R$ 1.652,58 pune as camadas de mais baixa renda. Importante lembrar que a tabela do IRPF não é reajustada desde 2016 (ano-base 2015)”, destacou a entidade.
Para a entidade, o achatamento só não foi maior porque o IPCA de 2017 ficou em 2,95%. (A.N.)

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