Um grupo de pescadores do Farol de São Thomé, em Campos, protestou jogando toda a pesca de camarão do dia na avenida Atlântica, na área próxima aos barcos e, em seguida, ainda jogou óleo diesel sobre o pescado. Eles reclamam do preço que chegou a ser oferecido no final da tarde, uma média de R$ 0,50 o quilo.

O protesto partiu dos pescadores de três embarcações que chegaram após 14h, logo depois o único caminhão de Santa Catarina ter fechado a compra de 550 caixas do crustáceo, quando foram comercializaram 30 mil quilos de camarão pequeno, por R$ 2,50.

—Após a saída do caminhão o preço só foi caindo, alguns compradores ainda levaram o pescado, que não está com o tamanho ideal, por R$ 1,50, o quilo. Mas, um gaiato ofereceu R$ 0,50 o quilo, o que acabou indignado os pescadores que iniciaram o protesto — contou José Armando Barreto, superintende adjunto de Pesca e Aquicultura de Campos. Segundo ele, a situação está sendo acompanhada de perto pelo operacional da superintendência no Farol, Carlos Euclides, conhecido por Branco.

Ele ainda explicou que esse preço foi só ofertado para o camarão muito pequeno, que está sendo pescado em abundância. “O camarão Sete Barbas maior foi vendido entre R$ 8 e R$ 10. O que nós do governo vamos manter é o trabalho de conscientização dos pescadores, que camarão muito pequeno não tem valor comercial”, disse.

Nas redes sociais, os internautas dizem que o protesto é um direito dos pescadores, mas criticam a forma como foi conduzido, já que os camarões foram jogados na rua e com óleo, o que também pode significar dano ao meio ambiente.