O que parece inacreditável é traduzido por Julia Dalavia com naturalidade. A intérprete de Adriana em “O outro lado do paraíso” entende por que sua personagem não reconheceu a mãe, Elizabeth/Duda (Gloria Pires), ao reencontrá-la dez anos depois de sua suposta morte. As duas ficaram frente a frente quando o destino fez com que a jovem advogada fosse escolhida para defender a dona do bordel da acusação de ter assassinado Laerte (Raphael Vianna).
Pode ser um bloqueio, uma negação. É claro que Adriana tem uma intuição, um choque. Mas ela não acha que cabe, naquele momento, levantar essa hipótese. Esse é o primeiro caso da carreira dela, que quer muito vencer profissionalmente — justifica a atriz, de 19 anos.
É justamente no tribunal, em cena prevista que foi ao ar esta semana, que a revelação de que as duas são mãe e filha veio à tona.
— A história está pegando fogo, é um turbilhão de emoções. Adriana conheceu essa mulher numa cela de cadeia e, de repente, recebe a notícia de que ela é sua mãe. A partir daí, a vida de Adriana vira de cabeça para baixo. Ela não sabe o que pensar, que conclusões tirar. Surgem muitas questões, e tudo isso não é fácil de processar. Adriana foi criada por uma família que a colocou contra a mãe. Aceitá-la vai ser difícil — adianta Julia.
Como se todos esses acontecimentos não fossem suficientes para o coração de Adriana disparar, ela ainda se apaixona por Patrick (Thiago Fragoso), que gosta de Clara (Bianca Bin).
— Surge um sentimento só da parte dela, mas não sei para onde isso vai — despista a atriz.
Se depender de Jô (Bárbara Paz), Adriana e Patrick ficarão juntos. A madrasta da advogada se colocará à disposição para ajudá-la a tirar a rival de seu caminho:
— Adriana é uma menina do bem, que é seduzida por Jô. Minha personagem não é vilã. Foi criada pela madrasta, mas não acho que ela vai se juntar a Jô para armar e separar Clara e Patrick — disse. (A.N.)