O Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, vinculado à Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) e localizado em Tócos, na Baixada Campista, recebeu visitas de 2.689 pessoas durante o ano de 2017, entre estudantes, pesquisadores e representantes de instituições. A quantidade recepcionada se aproxima do triplo do número registrado em 2016, quando houve 899 visitantes. Ao completar 16 anos de fundação, o Arquivo recebeu certificado de finalista do Estado do Rio de Janeiro do prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com o projeto “O Tratamento Técnico Documental do Acervo Cartorário da Comarca de Campos dos Goytacazes”. Com o sucesso de visitas no ano passado, o objetivo é elaborar novas ações para 2018.
— Entre os novos projetos para este ano está o “Arquivo de Portas Abertas”. Nossa proposta é levar o Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho para locais em que há pessoas que não podem nos visitar, como asilos. A intenção é falar sobre o Solar do Colégio (construção jesuítica do século XVII, no período de colonização do município), que abriga o arquivo desde que este foi fundado, em março de 2001, e, além disso, é uma construção bastante antiga e importante para a nossa cidade — destacou o diretor do arquivo, Carlos Freitas.
As visitas continuam e podem ser realizadas entre segundas e sextas-feiras, das 9h às 15h. Em caso de grupos maiores de visitação, é necessário agendamento prévio. O Arquivo Público Municipal está localizado na estrada Sérgio Vianna Barroso, 3.060.
Responsável pela preservação de seu patrimônio documental, o Arquivo Público passou por um ano de renovação em 2017, com novos encaminhamentos de trabalho desde o mês de janeiro. Realização que pode ser citada como exemplo é a implantação do projeto “O Arquivo Vai à Escola”, desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece). Com intuito de resgatar os valores culturais, históricos e patrimoniais da região Norte Fluminense, o projeto contemplou alunos de Farol de São Thomé, Travessão, Centro, Carvão, Donana e Parque Aurora, entre os meses de junho e setembro.
— Apenas através deste projeto, centenas de alunos, além de professores da rede municipal, visitaram o arquivo. E, como o próprio nome diz, também fomos até as escolas, ministrando palestras com atenção voltada aos valores históricos e culturais do município e da valorização do ensino da educação patrimonial. Muitos desses alunos retornaram ao arquivo depois disso, mas com seus familiares — disse a pesquisadora Rafaela Machado, historiadora do Arquivo Público.
Em maio, a comemoração do aniversário de 16 anos da instituição proporcionou ao público: curso de paleografia; oficina de restauração e conservação; e realização de exposições, como a “Memória do Açúcar”, que propôs palestra sobre importância do açúcar na formação histórica da região.
Visitas técnicas — Em 2017, 288 representantes de oito instituições, além de seis universidades, entre públicas e privadas, foram ao Arquivo Público. Ainda no ano passado, os responsáveis pelo arquivo já atribuíam grande parte da nova realidade de recepções às visitas de estudantes. “É muito gratificante ver a grande movimentação que a gente vem registrando com as visitas”, disse Rafaela. (J.H.R.) (A.N.)