Devoção a São Sebastião no distrito de Barcelos completa 70 anos e começou com os funcionários da Usina Barcelos. Desde terça-feira (16) e até sábado (20), os moradores e devotos se unem para festejar o santo mártir, uma tradição preservada. A abertura foi com cerimônia religiosa e toda a programação festiva está sendo organizada pelo Terço dos Homens. O coordenador do Terço dos Homens, Carlos Augusto de Souza Barreto, relata que todo planejamento da festa se iniciou no ano passado com diversas ações para angariar fundos além de reuniões para traçar a programação.
— Festejar São Sebastião já faz parte da tradição religiosa de Barcelos. Devoção muito antiga que temos mantida com a participação da comunidade que, além de prestar as homenagens ao santo mártir, vem a cada ano agradecer tantos favores alcançados durante o ano anterior e confiar a proteção de São Sebastião o ano que inicia nos livrando das pestes e doenças — disse Carlos Augusto.
O padre Francisco de Assis Soares Cravo fala da importância da devoção a São Sebastião para a comunidade de Barcelos e a alegria dos devotos em poder honrar o grande santo, padroeiro contra as pragas e as pestes.
— São Sebastião é o Padroeiro Secundário de Barcelos, o intercessor das famílias barcelenses. Celebrar a festa de um santo é celebrar os frutos da Ressurreição através do seu testemunho, da sua coragem e da sua fé. Logo no início do ano, a comunidade se alegra por estes festejos. É uma tradição da nossa Quase Paróquia. São Sebastião é um estímulo e arrimo na nossa caminhada. Foi grande Soldado, comandou tropas, mas foi sempre o servo do Senhor, entregando de bom grado sua vida, resistindo a assim a apostatar. Com coragem, confiança e fé, este grande santo enfrentou o poder temporal, sobrepondo a ele o poder da fé e o amor a Deus sobre todas as coisas. Viva São Sebastião e Viva Barcelos com seu Padroeiro Secundário, defensor de Cristo, corajoso e humilde — ressalta Pe. Francisco.
Carlos Junior falou da devoção e hoje admira o empenho da comunidade que se reúne para festejar o mártir. Para o jovem, a festa acontece num tempo em que os moradores estão nas praias, mas a cada ano registra um numero expressivo de devotos que comparece à festa e coopera desde a organização até a realização. (A.N.)