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Cavalhada em Santo Amaro
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Cavalhada em Santo Amaro
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Cavalhada em Santo Amaro
No final da tarde desta segunda-feira (15), Dia de Santo Amaro, padroeiro da Baixada Campista, a tradicional Cavalhada, com quase 300 anos de tradição, era um dos eventos mais esperados: o duelo entre mouros e cristãos. Mais uma vez, moradores do distrito e visitantes assistiram aos 12 cavaleiros vestidos de azul que se posicionaram em confronto a outros 12 cavaleiros de vermelho e reviveram uma batalha por território.
A Cavalhada é uma dramatização da batalha e referência à reconquista de território na península Ibérica pelos cristãos, vestidos de azul, após 800 anos de dominação moura, representados pelas vestes vermelhas. A tradição chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses.
Mas para os campistas de Santo Amaro a tradição é levada muito a sério. E passada de pai para filho, mesmo em situação adversa, como falta de recurso para confeccionar as roupas ou mesmo para chegar com animais até a festa. A Cavalhada reforça a história afetiva de cada um junto ao distrito de Santo Amaro.
Em entrevista à InterTV, de Miguel Henriques de Carvalho, contou que desde a infância assistia ao evento com os pais. “Sou filho daqui, de Santo Amaro. Desde criança assistia a Cavalhada junto a minha mãe e meu pai. Com 13 anos quis ser cavaleiro de Santo Amaro. Participei da encenação pela primeira vez naquele ano e contínuo até hoje, com meus 69 anos de idade”, contou Miguel, que junto a mais quatro voluntários faz parte da comissão de organização da cavalhada.
A pesquisadora Gisele Gonçalves também esteve no distrito. “Hoje (ontem) estou aqui para agradecer. Não foi fácil realizar uma pesquisa etnográfica sobre a Cavalhada de Santo Amaro. Também não foi fácil realizar o sonho da publicação de um livro. Hoje, perto de mais uma festa de Santo Amaro, tenho uma imensa satisfação em dizer que as 500 cópias do livro foram vendidas. Uma alegria para uma autora desconhecida como eu. Sendo assim....Muito obrigada!!”, chegou a escrever em rede social. Gisele publicou o livro “A Cavalhada de Santo Amaro uma tradição da baixada campista”. (D.P.P.) (A.N.)