O ano de 2018 começou com tudo para Bruna Marquezine. Se no lado pessoal, o romance recém-reatado com o craque Neymar Jr. vai de vento em popa. Na esfera profissional, não é diferente. Na terça-feira (9), a atriz estreou na pele de sua primeira vilã, a Catarina de “Deus Salve o Rei”, às 19h, na Globo. E não esconde a felicidade e o nervosismo. “Nunca pensei que fosse tão difícil, mas tenho uma sensação de conquista ao final de cada longo dia de trabalho. É exaustivo interpretar uma vilã, sobretudo de uma história de época, e a Catarina não é um pouco malvada, ela é malvada de verdade”, conta.
Na história de Daniel Adjafre, Catarina é a princesa de Artena. Apesar da aparência inofensiva, a jovem é extremamente ambiciosa e dissimulada. Sedutora, ela manipula todos ao seu redor. Nem sempre concorda com as decisões do pai, rei Augusto (Marco Nanini), que a prometeu em casamento a Istvan (Vinícius Calderoni), o Marquês de Córdona. Disposta a se livrar do pretendente, Catarina vê em Constantino (José Fidalgo), duque de Vicenza, seu maior aliado, para todas as horas.
“O encontro entre a Catarina e o Constantino é muito potente, de muito fogo, muita atração e os dois são muito parecidos. Ambos têm obsessão pelo poder”, explica Bruna. “É um relacionamento baseado em paixão e entrega, mas ao mesmo tempo tem insegurança, porque são dois personagens muito perigosos”, completa.
A intérprete lembra como foi a reação dela ao ser convidada para viver a vilã medieval. “Cheguei a dividir com meus diretores que quase não me sentia capaz de dar vida à Catarina, porque é muito difícil para mim”, recorda-se. Mas não demorou muito para ela ganhar confiança e mergulhar nessa viagem épica. “Veio numa hora especial da minha carreira, estou mais madura como jovem mulher e num momento com muita sede de trabalhar”, salienta.
Aos 22 anos, Bruna praticamente cresceu aos olhos do público. “As pessoas me conhecem desde pequena e às vezes me cobram por algumas coisas, o que é meio cruel”, desabafa. A atriz afirma que está em uma fase de descoberta, principalmente de autoconhecimento e fé. “Eu acho muito difícil crescer como ser humano sem um momento de reflexão, sem meditação, sem uma boa análise, boa terapia. Isso é o que tenho buscado, cuidar de mim de verdade. Vivemos num mundo de muitas aparências, e a gente foca primeiro nisso, e quando a aparência está perfeita, do jeitinho que a gente quer, a gente não se sente mais completo. Então, acho que estou cuidando nesse momento do que é realmente importante”, salientou. (A.N.)
