Bárbara Cabral
01/01/2018 12:55 - Atualizado em 03/01/2018 15:16
Virada em Farol
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Antônio Leudo
As nuvens acinzentadas, o clima ameno e o cheiro de terra molhada denunciavam que a despedida de 2017 seria com chuva. Talvez essa, para os que acreditam em superstições e simbolismo, fosse a maneira de São Pedro dizer que, sim, 365 dias haviam se passado e um novo período estava para nascer. Este era o momento de purificar a alma, recomeçar. E assim, mais um ano se foi e, no início da manhã, os primeiros fachos de luz alaranjada começaram a brotar entre as nuvens, em contraste com o mar de Farol de São Thomé. Era o sol dando as boas-vindas ao tão esperado 2018.
Apesar da chuva fina que atingiu o litoral campista nesse domingo (31), o público compareceu em massa na praia de Farol. Branco, prata, azul, vermelho, entre outras cores, constituíam as vestimentas das centenas de pessoas que escolheram a orla para passarem a virada de ano. A festa na praia campista foi garantida por uma parceria público-privada com a rede de Supermercados SuperBom, que cobriu as despesas com os shows, garantindo a diversão do público.
Virada em Farol
Desde sexta-feira (29), artistas locais foram os responsáveis por embalar a festa de fim de ano no litoral. O primeiro a se apresentar no palco montado na avenida Atlântica foi Alex do Forró, seguido do grupo Copo Cheio que, no sábado (30), trouxe muito pagode para o balneário campista. Já o Réveillon, ficou por conta da cantora Larice Barreto, que fechou a noite agitando a multidão com sucessos consagrados do sertanejo universitário.
Entre críticas e elogios, a tranquilidade e organização do evento foram destacados por quem preferiu passar a virada na praia campista. Uma delas foi a moradora da Lapa Mônica Pinheiro, de 41 anos: “A festa esse ano foi menor, mas prefiro assim. Achei ótima, muito tranquila”. Mônica contou que este é o segundo ano consecutivo que escolhe Farol como destino de fim de ano. Dessa vez, para Mônica o ano termina deixando a saudade da mãe, falecida há três meses. “Em 2018 só espero saúde, paz e muita força para continuar e seguir em frente”, disse.
Acompanhada da nora e dos dois netos, a dona de casa Marta Pessanha, 47 anos, moradora de Farol, sentiu falta da tradicional queima de fogos. “Achei muita fraca a festa. Esperava que pelo menos tivesse a queima de fogos, mas nem isso. Que na próxima tenha melhorias”.
Virada em Farol
Virada em Farol
Virada em Farol
Já para a moradora de Goitacazes Renata Santos, de 39 anos, a programação deixou a desejar. “O movimento, se comparado aos outros anos, caiu muito. Esperava uma programação mais interessante, mais atraente. Há tempos não temos um Réveillon grande no Farol, mas ainda dá para curtir com a família”, disse.
Mesmo com um movimento menor que o dos anos anteriores, Decival Antônio de Carvalho, de 65 anos, que atua há 20 como comerciante em Farol, não poupou elogios a festa. “Realmente já tivemos festas maiores, com melhor lucro para os comerciantes. O movimento não é como o de antigamente, mas foi bom. Não tenho o que criticar desse ano, achei tudo muito organizado, a segurança foi perfeita, muito diferente do que acontecia nos anos anteriores”, contou.
Virada em Farol
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Antônio Leudo
Para Cláudia Neves, moradora do Farol há 25 anos, a segurança também foi um diferencial no evento. “Apesar de uma programação nitidamente mais humilde, gostei muito da festa. Entendemos que o governo atual passa por uma crise devido ao rombo deixado pela gestão anterior. Acho que esse ano o movimento caiu uns 40% e que foi prejudicial para muitos comerciantes, mas há tempos não tínhamos um Réveillon tão tranquilo, sem violência aqui no Farol. A segurança foi muito boa. Essa paz, essa tranquilidade de podermos estar aqui, nos divertindo com a família e amigos, sem maiores preocupações, é uma reivindicação antiga e muito importante para nós moradores”, relatou. Sobre o novo ano que começa, disse Cláudia: “Que 2018 seja um ano de superação em tudo. Que as coisas ruins fiquem no passado para todos nós”.
Região – Campos não foi a única com programação estratégica para a diversão do público na virada de ano. Em São João da Barra, na avenida Joaquim Thomaz de Aquino o cantor Dom Américo animou os veranistas até à 0h, quando começou a queima de fogos para saudar a chegada de 2018 na cidade. Depois, fechando a noite, teve show da banda TB-6. No Açu, Cacá Morsh e Banda conduziram a festa antes da queima de fogos e, em seguida, deram espaço à apresentação da Banda Free Samba.
Virada no Açu
Virada no Açu
Virada no Açu
Em São Francisco de Itabapoana, na praia de Santa Clara, foi realizado show com o grupo Só Marrento. Em Guaxindiba, a atração foi Karen Moraes. Já em Gargaú, quem animou o público foi Paulinho Badaloka. Em Barra do Itabapoana, quem se apresenta foi Jorge David. Nos quatro lugares a queima de fogos sinalizou a chegada do ano novo.
Em São Fidélis, o Réveillon foi celebrado com apresentação do cantor Marcio Scarinni e sua banda na praça Gilherme Tito, no Centro. Os moradores foram pegos de surpresa com a queima de fogos que não havia sido confirmada pela Prefeitura.
Em Macaé, o início de 2018 foi celebrado com a presença do DJ Tássio Duarte. Quem esteve na Virada macaense também pôde curtir show pirotécnico e queima de fogos de artifício na praia dos Cavaleiros.
Em Rio das Ostras, houve queima de fogos durante 15 minutos e público expressivo assistiu a entrada de 2018 em companhia de amigos e familiares.
