O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, pediu demissão do cargo na tarde desta quarta-feira. A saída de Nogueira foi confirmada pelo Palácio do Planalto após reunião dele com o presidente da República, Michel Temer. Na carta de demissão apresentada ao presidente, Nogueira disse que deixa o cargo, pois vai se candidatar nas eleições do ano que vem.
— Como decidi que apresentarei meu nome à elevada apreciação do povo gaúcho nas eleições do ano que vem, e de forma coerente com aquilo que sempre preguei, venho por meio desta pedir minha exoneração do cargo de Ministro de Estado do Trabalho — disse.
Segundo a assessoria de Nogueira, ele pode tentar a reeleição para deputado federal, mas ainda estuda a possibilidade de concorrer para outro cargo em 2018. Ronaldo volta à Câmara dos Deputados, onde retomará o mandato pelo PTB do Rio Grande do Sul. Ele comandava o ministério do Trabalho desde maio de 2016.
O último ato de Nogueira no cargo foi a divulgação dos dados de novembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostram o fechamento de 12 mil postos de trabalho no mês.
Durante a gestão de Nogueira, entrou em vigor a nova lei trabalhista. Considerada pelo governo umas das mais importantes medidas de estímulo à geração de empregos, a reforma foi aprovada após muita resistência da oposição e em meio a polêmicas sobre as mudanças na lei.
— Com a vigência da Lei da Modernização Trabalhista quebramos 75 anos de imobilismo, e o futuro finalmente chegou em terras brasileiras. Saímos de um modelo de alta regulação estatal para uma forma moderna de auto composição dos conflitos trabalhistas, colocando o Brasil ao lado das nações mais desenvolvidas do mundo — acrescentou Nogueira na carta ao presidente. (A.N.)