O deputado estadual licenciado e secretário estadual da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico, Christino Áureo (PSD), se tornou réu em uma ação movida pelo Ministério Público Estadual (MPRJ) que acusam o político e sua ex-esposa, Claudia Cataldi, de nomear funcionários para cargos em comissão que nunca exerceram efetivamente as atividades pelas quais recebiam remuneração mensal.
De acordo com a promotoria, os casos aconteceram quando Áureo era responsável pela secretaria estadual de Agricultura durante os governos Rosinha Garotinho e Sérgio Cabral. Ainda segundo o MPRJ, dentre os nomeados por Áureo para a secretaria, uma mulher trabalhava como empregada doméstica para o casal Áureo e Cláudia. Outro homem identificado pelos promotores trabalhava como motorista particular dos dois. Além deles, outra mulher que trabalhava exclusivamente na ONG Responsa Habilidade, presidida por Cláudia Cataldi, constava dos quadros de servidores comissionados da secretaria de Agricultura.
Segundo a ação, a mulher que trabalhava na ONG recebia R$ 3 mil pelo cargo no Governo. Deste valor, ficava apenas com R$ 1.200. O restante, de acordo com o MP, repassava para a também outra mulher denunciada, que também trabalhava na ONG e detinha grande confiança de Cláudia. O Ministério Público estima que o prejuízo para os cofres públicos tenha sido de cerca de R$ 192 mil.
Após o recebimento da denúncia, eles passam a ser réus no processo penal aberto no Tribunal de Justiça, devido ao foro privilegiado de Áureo, que além de secretário de governo, é deputado estadual.
A defesa de Christino Áureo informou que se trata de “um despacho padrão da processo e o Christino está totalmente à disposição da Justiça para comprar sua inocência”. (A.N.) (A.S.)