Italva: Juiz cassa prefeita e vice
Suzy Monteiro 19/12/2017 22:19 - Atualizado em 22/12/2017 15:14
A prefeita de Italva, Margareth do Joelson (PP), e o vice Bruno Silva de Souza, o Bruninho (PP), tiveram os mandatos cassados pelo juiz da 141a Zona Eleitoral, Rodrigo Pinheiro Rebouças. Cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). De acordo com a sentença, ficou comprovado abuso de poder econômico. A Folha da Manhã tentou, mas não conseguiu falar com a prefeita ou seu advogado Igor Garcia Ferreira.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) é movida por Leonardo Orato Rangel, o Léo Pelanca (PSC), que concorreu a prefeito e perdeu com uma diferença de 141 votos. Às vésperas da eleição do ano passado, diligência da Justiça Eleitoral apreendeu 204 bonecas de brinquedo na casa da então candidata, que, segundo a denúncia, seriam utilizadas para distribuição em troca de votos. Lá também havia anotações de pagamentos, contas de luz e diversas cópias de título de eleitor.
Segundo a denúncia, “os réus compraram votos de forma escancarada, oferecendo bens e vantagens pessoais a eleitores em troca do pedido de votos”. De acordo com a sentença, ficou comprovado que houve promessa de emprego para eleitores em troca dos votos nos réus e ainda houve pagamento de exame médico em troca de pedido de votos.
O advogado Carlos Eduardo Ferraz, que representa Léo, disse que foi feita Justiça:
- Estava claro que ocorreu compra de votos, através de promessas. Isso influenciou diretamente na eleição e conseguimos comprovar isso - afirmou.
Na defesa que consta do processo, Margareth alega que os objetos encontrados na busca e apreensão não contribuíram para sua vitória eleitoral, “tendo efeito diametralmente oposto, visto que a eleição foi ganha com margem pequena de votos”.
Outro - O TRE adiou o julgamento do prefeito de Laje do Muriaé, no Noroeste Fluminense, Rivelino Bueno (PP) e o vice, Marcos Francisco (PP). Os políticos foram cassados e condenados à inelegibilidade por oito anos pelo juiz Glicério Silva, da 73ª Zona Eleitoral, no dia 27 de abril. Eles recorrem no cargo, enquanto aguardam julgamento de segunda instância, que só ocorrerá agora no próximo ano.
Nessa terça-feira, em nota enviada à Folha da Manhã, o prefeito Rivelino afirmou que “sempre trabalhei em prol do município e vamos recorrer ao TRE demonstrando que não houve da nossa parte dolo ou culpa em relação às acusações eleitorais. (...) Na certeza da soberania da decisão popular nas eleições de 2016, continuaremos a trabalhar até o dia 31 de dezembro de 2020”.

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