Justiça autoriza visita de Rosinha
14/12/2017 12:00 - Atualizado em 14/12/2017 18:07
Rosinha Garotinho
Rosinha Garotinho / Folha da Manhã
O juiz Ralph Manhães, responsável pela 98ª Zona Eleitoral de Campos, autorizou, nesta quarta-feira (13), a ex-prefeita Rosinha Garotinho (PR) a visitar o marido Anthony Garotinho (PR) no presídio de segurança máxima de Bangu 8, mas negou o pedido da também ex-governadora também pediu para poder sair de casa nos finais de semana, mas não foi autorizada pelo magistrado. O casal foi preso no âmbito da operação Caixa d’Água no dia 22 de novembro, acusados de participação em um esquema de propina com empresários locais dentro da Prefeitura de Campos durante a gestão Rosinha. Ele continua atrás das grandes, enquanto ela foi beneficiada por um habeas corpus do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que converteu a prisão preventiva em medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o município do Rio de Janeiro sem autorização judicial e recolhimento domiciliar à noite e aos finais de semana.
A primeira audiência com testemunhas de acusação acontece na próxima segunda-feira e o magistrado determinou que o advogado dativo Antônio Guzzo faça a defesa dos réus caso os advogados contratados por estes não o façam dentro de 48 horas. Guzzo é o mesmo advogado dativo nomeado por Ralph para apresentar as alegações finais de Garotinho no processo da operação Chequinho, quando o réu demitiu e readmitiu diversos defensores em atitude considerada “procrastinatória” pelo juiz. Na ocasião, o ex-governador chegou a chamar o dativo de “irresponsável”.
Além disso, o TRE negou por unanimidade o habeas corpus do empresário Ney Flores, um dos presos na Caixa d’Água e apontado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) como um dos maiores beneficiários do esquema. O MPE também diz que Flores é sócio da Macro Engenharia, empreiteira que possuía diversos contratos com o municípios e seria um dos arrecadadores.
Presidente - Também preso na Caixa d’Água, o ex-ministro dos Transportes no governo Dilma Rousseff (PT), Antonio Carlos Rodrigues continua na presidência do PR. E dentro do partido, de acordo com reportagem do jornal O Globo, não existe, no momento, nenhum movimento para afastá-lo do posto. Segundo um integrante do partido ouvidos pelo jornal carioca, não há motivo para afastá-lo do comando, porque não houve julgamento. Dirigentes entendem que ele seja inocente no episódio.
A assessoria do PR informou que a troca do presidente do partido só poderia ser feita com a realização de uma convenção. “Não há previsão nem solicitação para realização de convenção com objetivo de mudança na Executiva Nacional do Partido”, informou a sigla. O ex-ministro é acusado de ter negociado com a JBS a doação de dinheiro oriundo de propina para a campanha de Anthony Garotinho ao governo do Rio em 2014. O presidente do PR é suspeito de corrupção, extorsão e participação em organização criminosa. (A.S.) (A.N.)

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