Por unanimidade, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmou, na sessão plenária dessa segunda-feira (11), a sentença de primeira instância que condenou o vereador Thiago Virgílio (PTC) na Chequinho. Com isso, após o julgamento dos embargos de declaração, o que deve ocorrer após o recesso, Thiago deverá ter que sair da Câmara. Na mesma sessão, o TRE negou embargos do vereador Jorge Rangel (PTB), que deixará a Câmara assim que o Legislativo for comunicado. Nesta terça-feira (12), será julgado o recurso da vereadora Linda Mara Silva (PTC) e na quarta (13), do vereador Ozéias (PSDB).

Virgílio foi condenado em primeira instância da Chequinho em janeiro último. Embora reeleito com 3.360 votos, ele não tomou posse em dezembro de 2016 junto com os demais vereadores. Virgílio e outros cinco vereadores — Ozéias (PSDB), Miguelito (PSL), Linda Mara Silva (PTC), Kellinho (PR) e Jorge Rangel — só foram diplomados a partir de junho, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e liminar do TRE.

Em matéria publicada na Folha da Manhã de domingo, Virgílio já antevia a derrota no TRE.

— Essa operação Chequinho não passa de uma perseguição ao Garotinho. Penso que não serei julgado, quem será julgado será o Garotinho. E nós que somos aliados do Garotinho também estamos sofrendo essa perseguição. Segundo o meu advogado, Dr. Maurício Costa, em caso de uma derrota no TRE, ele acredita que deverei me afastar da Câmara no início de março e pelos trâmites do processo e acreditando em uma vitória no TSE, eu deverei estar retornando à Câmara no final do mês de abril — disse o vereador.

Outro — Também nessa segunda-feira, o plenário do TRE rejeitou embargos de declaração do vereador Jorge Rangel. Em 16 de outubro, por unanimidade, o TRE negou recurso ao vereador, também condenado em primeira instância da Chequinho. Os embargos são o último recurso, antes do TSE. Agora, o TRE deverá enviar comunicado à Câmara para que Jorge saia. Em seu lugar assume Joilza Rangel.

Na eleição do ano passado, Rangel recebeu 4.855 votos, mas não foi diplomado por também responder a ação penal, já naquela ocasião, no caso Chequinho.

O recurso da vereadora Linda Mara Silva está na pauta desta terça-feira do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ela também recorre contra a decisão de primeira instância que a condenou no chamado “escandaloso esquema” do uso político do Cheque Cidadão.

Ano passado, Linda Mara chegou a ser presa em uma das fases da operação “Chequinho”. Ela foi encontrada pela Polícia Federal em Copacabana no dia 31 de outubro, cinco dias após o mandado de prisão ser expedido.

Já nesta quarta-feira, está previsto o recurso de Ozéias. Sua prisão, em agosto do ano passado, desencadeou a operação Chequinho. Ele chegou a ser preso outra vez em outra fase da operação.

Com o julgamento, Linda Mara e Ozéias ficarão faltando recursos de quatro vereadores eleitos e já condenados na Chequinho em primeira instância: Thiago Ferrugem e Kellinho (ambos do PR), Miguelito (PSL) e Roberto Pinto (PTC).