Um menino de 8 anos foi internado em estado grave após suposto espancamento, que teria ocorrido no último dia 12, dentro da escolha municipal Zelita Rocha de Azevedo, em Macaé. A secretaria municipal de Educação informou que desde que recebeu informações sobre o fato, no dia 20 de dezembro, iniciou a apuração dos fatos junto à direção da escola. O caso foi comunicado ao Conselho Tutelar e a mãe do menor também registrou boletim de ocorrência. A secretaria municipal de Educação instaurou procedimento de sindicância para apurar o ocorrido.
A secretaria informou que, segundo relato do aluno, o fato teria ocorrido na quadra da escola, local em que o estudante teria recebido chutes de dois colegas (de 9 e 11 anos), possivelmente quando estava jogando bola. No entanto, de acordo com a secretaria, o estudante não reclamou com os professores e direção nem com a professora de Educação Física ou com os pais, e teria participado da aula de Educação Física normalmente.
A mãe do aluno pontuou que o menino não comentou nada em casa, por isso ela não comunicou o ocorrido à direção da escola, mas que o estudante se queixou de dor na perna, depois de febre e vermelhidão, no dia 14. O menino foi levado a UPA da Barra, onde confirmou que caiu na quadra da escola e recebeu chutes. A partir do relato, a médica do plantão avaliou que a criança apresentou um quadro de trombose. Posteriormente ele foi transferido para internação no HPM e está internado no CTI Pediátrico desde o último dia 18.
O quadro clínico do aluno foi agravado com uma infecção generalizada e pneumonia. O estado do estudante é considerado grave, porém estável.
Em nota, a secretaria municipal de Educação relatou que “de acordo com registros da escola, no dia 14 de dezembro, o aluno se queixou durante a Cantata de Natal que a perna estava doendo, mas que iria passar logo. Já no dia 15, o referido estudante não compareceu à escola tendo reclamado em casa de dores na perna com a mãe.
No dia 19, a mãe esteve na escola para notificar a situação do aluno, entregando uma declaração de que ele estava internado. A direção da escola registrou a situação no livro de ocorrências e passou a tomar as providências necessárias. A professora de Educação Física confirmou que não houve registro de nenhum conflito entre alunos. Mas, diante da queixa sobre os chutes, a escola solicitou a presença dos pais dos alunos, que possivelmente estariam envolvidos no conflito. De acordo com o relatório um dos alunos não estava presente na escola no dia da suposta agressão. A diretora da escola afirma que não houve espancamento dentro da unidade”.
A secretaria informou, ainda, que está prestando assistência ao menor e familiares com visitas técnicas diárias e acompanhamento específico da equipe de Serviço Social. “Desde a comunicação que o aluno estava internado no Hospital Público de Macaé (HPM), a secretaria municipal de Educação (Serviço Social, equipe de orientação educacional, Superintendência de Ensino Fundamental e Secretaria Adjunta de Educação Básica e funcionários da escola) acompanham o estado de saúde do aluno e presta assistência à família através dos seus assistentes sociais, em especial à mãe, inclusive auxiliando no transporte para visitar o filho no hospital. Tanto o secretário de educação quanto a diretora da escola visitaram diversas vezes o aluno e conversaram com a mãe do aluno desde que a secretaria ficou sabendo , no dia 20. O Serviço Social do HPM também está atuando junto aos familiares do aluno”, disse.
O caso foi registrado como lesão corporal na 123ª DP (Macaé) e a investigação está em andamento.