Impasse com linhas da Rogil continua
Matheus Berriel 05/12/2017 22:15 - Atualizado em 06/12/2017 14:50
Greve da Rogil afeta populção
Greve da Rogil afeta populção / Antonio Leudo
Os ônibus da Rogil estão parados há quase duas semanas e ainda não há previsão para retorno. O motivo é a falta de pagamento aos funcionários da empresa, que estão com quatro salários e meio atrasados. Estava prevista para a última segunda-feira uma reunião entre o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) e os funcionários da empresa, mas o proprietário da Rogil, Gilson Menezes, não compareceu. Nesta terça-feira, motoristas e cobradores reivindicaram seus direitos em audiência pública na Justiça do Trabalho. Uma assembleia foi marcada para as 8h desta quarta, no Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, com indicativo de greve.
Nesta terça, durante a audiência, de acordo com um funcionário da Rogil, que preferiu não se identificar, a empresa não teria dado prazo para o pagamento dos atrasados, alegando falta de verba. A reportagem tentou entrar em contato com o proprietário da Rogil para obter um posicionamento mais detalhado, sem êxito.
A empresa atende à população em várias linhas na área urbana de Campos e nos distritos. Fazem parte da rota da empresa algumas linhas como a da Pecuária até o Imbé, abrangendo Nova Brasília, Parque Corrientes, Santa Cruz, Itereré, Imbé e Lagoa de Cima. Entre os moradores de vários bairros que estão sem ônibus, há cobrança para que seja trocada a empresa responsável pelas linhas.
- Isso é um processo mais amplo e diz respeito ao sistema de transporte como um todo, não só no caso da Rogil. É uma discussão que estamos fazendo, junto com a procuradoria e com a comissão de gestão governamental - disse o presidente do IMTT, Renato Siqueira.
Na última segunda-feira, mais de 100 moradores da localidade de Três Vendas fecharam a BR 356 com galhos queimados durante cerca de 10 horas, em protesto contra a falta de ônibus. Já em Rio Preto, em nova manifestação, houve apredejamento a coletivos.
Em nota enviada nesta terça, a Procuradoria Geral do Município informou que está apurando se há débito com os consórcios de transporte coletivo, referente à gestão passada. A Prefeitura esclarece que não há nenhum débito referente ao exercício de 2017. Só este ano, enquanto esteve em vigor o programa de passagem social, foram repassados cerca de R$ 22,6 milhões aos consórcios.
A nota dizia também que o IMTT tem tomando todas as medidas necessárias para retorno, o mais breve possível, do atendimento às linhas prejudicadas. “O IMTT continua cobrando a retomada de, no mínimo, 30% da frota da Rogil para suporte aos locais onde há limitação no atendimento. Multas vêm sendo aplicadas à empresa pelo não cumprimento do contrato. O IMTT mantém a agenda de reunião com a Rogil e, amanhã, se reúne com uma comissão de moradores das localidades de Lagoa de Cima, Imbé, Aleluia e adjacências”.

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